
Escassez de feijão carioca de qualidade mantém preços elevados
A valorização do feijão carioca de alta qualidade tem se
destacado no mercado, impulsionada pela necessidade das empacotadoras de
recompor estoques e pela postura firme dos produtores nas negociações. Segundo
levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a
oferta restrita de lotes de melhor qualidade tem levado os produtores a buscar
preços mais elevados, aproveitando a demanda aquecida.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
apontam que a produção nacional de feijão na safra 2024/25 deve atingir 3,3
milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 1,5% em relação ao
ciclo anterior. Esse aumento na produção pode influenciar o comportamento do
mercado nos próximos meses, mas, por enquanto, os estoques reduzidos e a
demanda firme mantêm os preços em alta.
No cenário externo, os números da Secretaria de Comércio
Exterior (Secex), analisados pelo Cepea, mostram que as exportações de feijão
atingiram 14,9 mil toneladas em fevereiro, o maior volume para o mês desde
1997. Apesar do bom desempenho histórico, esse montante representa uma queda de
61% em relação a janeiro. No entanto, o acumulado dos últimos 12 meses continua
expressivo, somando 388,21 mil toneladas exportadas, um recorde para o período.
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