
Exportações da região somam quase US$ 400 milhões
A
Corrente de Comércio Internacional da Regional Limeira — que abrange os
municípios de Limeira, Cordeirópolis, Iracemápolis e Engenheiro Coelho —
manteve trajetória de crescimento no período analisado, com destaque para o
avanço tanto nas exportações quanto nas importações. As informações foram
divulgadas pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), para a
Gazeta de Limeira.
De
acordo com o levantamento, as exportações da regional somaram US$ 391,4
milhões, o que representa um crescimento de 14,7% na comparação com o mesmo
período do ano anterior. As importações também registraram expansão, atingindo
US$ 226,1 milhões — um aumento expressivo de 29,3% na análise interanual. Com
isso, a balança comercial (diferença entre exportações e importações) se
manteve superavitária, refletindo o bom desempenho do setor produtivo da
região.
Os
principais produtos embarcados ao exterior continuam diversificados e com
destaque para setores tradicionais. As preparações alimentícias diversas
lideraram a pauta exportadora, com 27,8% de participação no total exportado. Na
sequência aparecem as pastas de madeira (13,4%) e os veículos automóveis e
tratores (10,4%). O desempenho positivo desses itens indica a continuidade de
uma cadeia produtiva forte em segmentos industriais e agroalimentares.
Já
no lado das importações, houve crescimento acentuado em itens diretamente
ligados à indústria e à reposição de bens de capital. Os veículos automóveis e
tratores representaram 29,1% das compras internacionais realizadas pela
regional. Máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos vieram em seguida, com
25,9% de participação, enquanto máquinas, aparelhos e materiais elétricos
ocuparam a terceira colocação com 11,9%. Esses números sugerem uma possível
movimentação para aumento da capacidade produtiva local ou modernização de
equipamentos por parte das empresas.
O
comércio exterior da região também revela os principais parceiros comerciais da
regional. Os Estados Unidos mantiveram-se como o principal destino dos produtos
locais, absorvendo 14% das exportações. A China aparece logo atrás com 10,8%,
seguida de perto pela Argentina, com 10,3%. Os três países representam, juntos,
mais de um terço de todo o volume exportado pela regional, evidenciando a
relevância desses mercados para a indústria local.
No
sentido inverso, a China lidera a origem das importações, com 31,7% do total,
refletindo a dependência de insumos e bens intermediários oriundos do país
asiático. O México foi responsável por 10,6% das compras externas da região, enquanto
a Alemanha respondeu por 7,7% do total importado. Essa diversidade de origem
reforça a integração da indústria regional a cadeias globais de fornecimento.
Para
a diretoria de Comércio Exterior do Ciesp, os dados mostram que, mesmo diante
de um cenário internacional com oscilações no câmbio e incertezas logísticas, a
região tem conseguido manter dinamismo em sua balança comercial. O crescimento
nas importações pode estar atrelado à retomada de estoques, aquecimento da
atividade econômica e prazos logísticos que impactam o fluxo de mercadorias. Já
no campo das exportações, o desempenho é visto como positivo, com ampliação de
mercados e valorização de produtos com maior valor agregado.
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