A 99ª edição da tradicional corrida de São Silvestre, realizada na manhã desta terça-feira (31) em São Paulo, foi novamente marcada pelo domínio africano. No masculino, o queniano Wilson Too cruzou a linha de chegada em primeiro lugar com o tempo de 44m21s, conquistando sua primeira vitória na competição. Já no feminino, a também queniana Agnes Keino foi a grande campeã, com o tempo de 51m25s, seguida por sua compatriota Cynthia Chemweno.

O Brasil teve destaque com a atleta Núbia de Oliveira, que ficou com a terceira colocação na prova feminina, completando o percurso em 53m24s. Natural de Campo Formoso, na Bahia, Núbia celebrou o resultado e destacou o trabalho em equipe que a levou ao pódio. “Dá para sonhar mais, pode ter certeza. Hoje mostramos a nossa força. Fui terceira colocada e estou muito feliz com o resultado. Não cheguei aqui sozinha, tem várias pessoas por trás desse resultado. Podemos sonhar que uma brasileira pode sim ganhar a São Silvestre”, declarou.

No masculino, o brasileiro Johnatas Cruz finalizou a prova na quarta posição, com o tempo de 45m32s. Ele elogiou o próprio desempenho e ressaltou a importância da força mental na preparação. “Quando estamos confiantes um dia antes, é sinal de que vai acontecer. Fizemos uma prova mais mental, porque não é fácil. Para um corredor de alto rendimento, às vezes a gente treina muito o físico, mas temos que treinar principalmente a cabeça”, afirmou.

O pódio masculino foi completado por Joseph Panga, da Tanzânia, na segunda posição, e Reuben Poghisho, do Quênia, em terceiro. Entre as mulheres, o top 5 contou ainda com Anastazia Dolomongo, da Tanzânia, e a brasileira Tatiane Raquel da Silva.

Apesar do bom desempenho dos brasileiros, o país segue sem vitórias na São Silvestre desde 2010, quando Marílson Gomes dos Santos venceu no masculino, e desde 2006 no feminino, com Lucélia Peres. A hegemonia africana, em especial de atletas do Quênia e da Etiópia, mantém-se firme, consolidando a força desses países na tradicional prova de fim de ano.