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Milei é criticado por nomear por decreto juízes do Supremo

O decreto do presidente argentino, Javier Milei, que escolheu dois novos juízes para a Suprema Corte, na terça-feira, encontrou resistência ontem depois que uma associação civil pediu que ele fosse declarado inconstitucional. Milei nomeou por decreto o juiz federal Ariel Lijo e o advogado Manuel García-Mansilla para preencher duas vagas no mais alto tribunal argentino, depois que seu partido não conseguiu dois terços dos votos no Senado para aprovar as indicações.

Milei deve enfrentar obstáculos também no Congresso. O chefe da bancada de senadores do PRO, Alfredo de Angeli, afirmou ontem que a legenda, aliada de Milei no Congresso, decidiu rejeitar o decreto. A reunião foi presidida pelo ex-presidente Mauricio Macri, líder do partido, que não quis se pronunciar, mas, segundo jornais argentinos, manifestou irritação com a decisão de Milei.

Representantes do kirchnerismo também anunciaram que tentarão contestar as nomeações com seu voto. Em sua representação à Justiça, o Centro de Estudos para a Promoção da Igualdade e da Solidariedade (Cepis) pediu que o decreto fosse declarado nulo.

O Cepis argumentou que a medida "foi imposta de forma arbitrária e manifestamente ilegal, violando disposições constitucionais, bem como tratados internacionais que garantem a independência do Judiciário".

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, defendeu Milei, dizendo que ele tem direito de resolver a questão "depois de um ano sem que ela avançasse no Senado". O governo alega ter respaldo na Constituição. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

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