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EUA vão taxar produtos da China em 104%

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou nesta terça-feira (8) que os Estados Unidos vão cobrar tarifas de 104% sobre os produtos chineses a partir de quarta-feira (9). A medida é mais um episódio da guerra comercial entre os países.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1638032&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1638032&o=node

 

Na coletiva de imprensa transmitida pelas redes sociais da Casa Branca nesta tarde, a secretária foi questionada por um repórter se o presidente Donald Trump manteria a decisão de adicionar 50% em taxas sobre os produtos da China.

 

“Elas [as novas taxas] entrarão em vigor à meia-noite de hoje. Então, efetivamente amanhã”, respondeu Karoline Leavitt.

Minutos antes, a secretária havia criticado o governo chinês por não recuar e aceitar uma negociação com os Estados Unidos.

 

“Países como a China, que escolhem retaliar e tentam redobrar os maus-tratos aos trabalhadores americanos, estão cometendo um erro. O presidente Trump tem uma espinha dorsal de aço e não vai quebrar. A América não vai quebrar sob sua liderança. Ele é guiado por uma firme convicção de que a América deve ser capaz de produzir bens essenciais para o nosso próprio povo e exportá-los para o mundo”, disse Leavitt.

 

Na segunda-feira, Donald Trump havia ameaçado impor tarifas adicionais sobre todas as importações da China caso Pequim não recuasse da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington.

 

“Se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo, os Estados Unidos imporão tarifas adicionais à China de 50%, com efeito em 9 de abril”, disse o americano em rede social.

 

Em março, Washington impôs taxas específicas de 20% à China, em um dos primeiros movimentos de Trump para pressionar o país asiático. No último dia 2 abril, os EUA iniciaram uma guerra de tarifas contra todos os parceiros comerciais, com taxação adicional de 34% sobre todos os produtos chineses que entram no país norte-americano. Com a promessa de uma terceira taxação de 50%, o total iria para 104%.

 

Além de retaliar com tarifas de 34% sobre os produtos estadunidenses, Pequim também estabeleceu restrições para exportação de minerais raros, chamados terras raras, e proibir o comércio com 16 empresas dos EUA.

 

Em editorial publicado no domingo (6), o jornal porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCCh) – o Diário do Povo – disse que a China está preparada para a guerra de tarifas de Donald Trump e que o “céu não cairá” por causa das novas barreiras comerciais.

 

“Devemos transformar pressão em motivação e encarar a resposta ao impacto dos EUA como uma oportunidade estratégica para acelerar a construção de um novo padrão de desenvolvimento”, afirmou o editorial do principal jornal do PCCh.

 

CANADÁ

 

O Canadá anunciou a aplicação de tarifas sobre veículos importados dos Estados Unidos, em retaliação às medidas "injustificadas" impostas pelo governo norte-americano ao setor automotivo canadense. As novas tarifas entraram em vigor às 00h01 (horário local), conforme anunciado pelo Departamento de Finanças do país.

Em comunicado, o ministro das Finanças, François-Philippe Champagne, confirmou que as contramedidas incluem "tarifas de 25% sobre veículos totalmente montados nos EUA que não estejam em conformidade com o Acordo Canadá-EUA-México (USCMA)" e "25% sobre o conteúdo não canadense ou mexicano em veículos que cumprem o USCMA".

 


 

Lula critica Trump: "não vai dar certo"

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta terça-feira, 8, que acha que "não vai dar certo" o conjunto de medidas tomadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. "Eu estou vendo o comportamento do presidente Trump, eu acho que não vai dar certo Ninguém pega um transatlântico daquele e faz as coisas que estão acontecendo lá", criticou Lula, que em seguida afirmou que "nós sozinhos (brasileiros) temos que definir as nossas regras"

"Ninguém brinca que o mundo não existe, com quase 200 países. Ninguém esquece que todos os países querem ter soberania e querem estabelecer um processo de harmonia", complementou o presidente brasileiro.

Lula discursou nesta terça na abertura do Encontro Internacional da Indústria de Construção (Enic), em São Paulo, ao lado de ministros do governo e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

 

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