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Venezuelanos que pedem dinheiro em semáforo pagam aluguel

O Centro de Promoção Social Municipal de Limeira (Ceprosom) constatou que os venezuelanos que são vistos pedindo dinheiro em semáforos da cidade moram em pousadas e pagam aluguel de uma casa em Limeira. Muitos deles usam placas alegando que familiares estão no país vizinho passando fome e que precisam de ajuda. Junto ao Conselho Tutelar, servidores do Ceprosom abordaram, nos últimos dias os estrangeiros, principalmente, por conta das crianças que eles carregam no colo.

Em entrevista, a diretora de Proteção Social, Léia Serrano, alegou que nos últimos 15 dias o Poder Público percebeu um aumento no número de famílias venezuelanas cadastradas no Centro. Eles fariam parte de uma tribo indígena e estão resistentes a qualquer tipo de ajuda. Segundo ela, muitos deles dizem que estão a passeio e que devem deixar a cidade nos próximos dias.

O Ceprosom identificou ainda que duas famílias estão em uma casa alugada. A reportagem descobriu ainda que o imóvel ficaria na rua Cunha Bastos, no Centro, e que as condições de higiene do local são mínimas. Outras famílias estariam hospedadas em pousadas, também pagando pela estadia. Mesmo assim, a diretora afirma que todo o serviço social do município foi colocado à disposição dos estrangeiros, mas que a alegação é que eles “estão bem”.

Outra constatação foi que todas as famílias que passam por Limeira recebem o “Auxílio Brasil”, programa social de transferência direta e indireta de renda, destinado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. Eles teriam endereço fixo em Goiânia e estaria passando em algumas cidades do interior paulista, com a intenção de arrecadar dinheiro.
A diretora ainda ressaltou que há famílias venezuelanas que vieram há algum tempo para a cidade e que estas famílias estão regulares. “Não são essas famílias que já tem cadastro há algum tempo com a gente aqui. Elas já estão estabelecidas. São pessoas dessa tribo indígena que estariam de passagem por Limeira”, ressaltou Léia Serrano, em entrevista.

CRIANÇAS

A preocupação do poder público é com a exposição das crianças, que não é permitida pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Léia cita que na Venezuela é normal que as crianças sejam expostas como forma de sensibilizar as pessoas. “Mas eles estão em solo brasileiro e, aqui, a lei não permite isso”, frisou a diretora. O Conselho Tutelar estaria acompanhando a situação dessas crianças. Cabe a ele, segundo o ECA, garantir os direitos das crianças e dos adolescentes.

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