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“A Prefeitura fecha as portas para a nossa comunidade”

A professora Elisdete Dayse de Souza, que foi eleita conselheira tutelar, pediu o apoio dos vereadores para que o Assentamento Elizabeth Teixeira tenha acesso à água, ao transporte público e à saúde. Em relato emocionado, ela criticou a falta de apoio por parte da Prefeitura e destacou que a comunidade levou quase duas décadas para ter acesso à energia elétrica e continua sem água suficiente há 17 anos.

 

As famílias também não têm acesso ao transporte público, pois o ponto de ônibus mais próximo fica a 3,9 quilômetros do assentamento. “Temos uma comunidade com mais de 500 pessoas sofrendo e chorando precisando de água. Não temos onde jogar nosso lixo, não temos acesso à saúde”, declarou. 

 

No ano passado, a comunidade entrou com um mandado de segurança, porque a Elektro teria se recusado em realizar a ligação de energia elétrica para os moradores. O Tribunal de Justiça afirmou que “a existência de disputas sobre a posse e propriedade da área, ou a necessidade de licenciamento ambiental não são empecilhos diretos à instalação da rede elétrica no assentamento”.

 

A batalha da comunidade, nesse momento, é com relação a distribuição de água, acesso a um ponto de ônibus e atendimento na área da saúde. “São 16 anos que nós não temos acesso a água suficiente. As nossas crianças deixam de ir à escola por que não tem água para tomar banho, não tem água para fazer alimento. As mães passam por essa situação em pleno Século 21”, afirma.

 

O ponto de ônibus mais próximo, segundo ela, fica a mais de 3km do Assentamento. “A nossa comunidade é negligenciada ao transporte público. Estamos falando de pessoas de 65, 70 anos, de crianças pequenas, de adolescentes que não podem sequer cursar um curso profissionalizante por que eles têm que atravessar a Rodovia Anhanguera e depender de ônibus intermunicipal. Eu protocolei duas vezes a solicitação de transporte público para o assentamento e a última resposta é vergonhosa. Eles disseram que “se houver um ponto para essa comunidade, o itinerário do ônibus vai atrasar” isso é resposta? Limeira tem prefeito? Por que eu desconheço”, destacou.

 

A professora informou que independente de qualquer questão política partidária, a questão da água é uma questão humanitária. “Essa municipalidade nos trata como invisíveis e chegou a hora da gente mostrar que a gente existe, e eu faço um apelo a todos os vereadores, sobretudo aqueles que se declaram cristãos: que cidade é essa? Por favor nos ajudem a alcançar nosso objetivo. Não estamos pedindo nada que não seja constitucionalmente garantido”, desabafou.

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