Foto de capa da notícia

CPI da Elektro: população participa de reunião e cobra melhorias

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Prefeitura e a empresa Elektro, se reuniu para buscar explicações sobre as quedas e interrupções de energia que ocorreram na última semana. O destaque da reunião foi a participação de munícipes que se manifestaram em relação aos prejuízos causados pelas chuvas da semana passada e também pelos constantes problemas enfrentados em diversos bairros da cidade.

 

Os representantes da Neoenergia Elektro Limeira, William Mantovani, superintendente Operacional, Fábio Gonçalves de Lima, gerente de operação de Limeira, e Fábio Costa, gerente de relações institucionais prestaram esclarecimentos. O gerente de operações, Fábio, explicou que cerca de 14% da população de Limeira ficou sem energia no dia 3 de novembro. “O evento foi tão extraordinário que só a poda de árvores não resolveria, foram árvores, telhados e postes que caíram sobre a rede elétrica”, relatou.

 

Ele esclareceu que todas as equipes de manutenção foram acionadas, mas que o restabelecimento da energia segue uma lista de prioridades, na qual primeiro são atendidos hospitais e serviços de saúde, em seguida captação de água, depois grandes blocos de clientes, para alimentar o maior número de pessoas possível, após isso são atendidas as pessoas cadastradas que fazem uso de equipamentos vitais e por fim os blocos menores. Os representantes pontuaram que até equipes de outro estado foram acionadas para trabalhar para restabelecer o fornecimento de energia da cidade. Eles chegaram a relatar que Limeira tem um dos melhores índices com relação de queda de energia pelas cidades que a empresa atende, o que causou indignação por parte dos munícipes que acompanhavam a reunião.

 

A coordenadora do Procon, Mara Isa, também participou da reunião. Ela foi chamada para falar sobre o papel do órgão em relação às reclamações contra a Elektro. Ela explicou que o Procon não tem uma figura punitiva, é uma entidade que busca a conciliação entre as partes, empresa e consumidor. A coordenadora também esclareceu que as ações em relação aos problemas vivenciados na cidade nos últimos dias em relação à Elektro serão centralizadas na Fundação Procon.

 

POPULAÇÃO

 

A reunião contou com a participação de munícipes, que relataram os problemas enfrentados em decorrência da interrupção de energia ocorrida nos últimos dias. A principal reclamação é de equipamentos queimados por causa das quedas e oscilações de energia que ocorrem, segundo eles, constantemente. Prejuízos com a perda de alimentos refrigerados e a falta d’água nas áreas rurais, que dependem de poços artesianos, também foram citados durante os depoimentos.

 

O superintendente da Elektro, Willian, se comprometeu a tratar os casos apresentados durante a reunião pontualmente. Já em relação ao ocorrido na última semana, ele relatou que a empresa conta com um sistema de monitoramento do clima, para prever possíveis problemas que afetem a rede elétrica, no entanto, nem mesmo os sistemas climáticos conseguiram prever a velocidade dos ventos nos dias 31 de outubro e 3 de novembro, que acabaram por causar interrupções no fornecimento de energia para uma grande quantidade de clientes. Ele classificou os eventos como extremamente atípicos.

 

Com a presença dos munícipes no plenário, os vereadores que integram a Comissão deliberaram para que eles pudessem usar a tribuna e relatar os problemas enfrentados, não só pelos prejuízos da semana passada, mas em relação a demora na manutenção, quedas frequentes e serviços prestados pela Elektro em alguns bairros. Helena Giorgetti Coutinho relatou oscilações e quedas bruscas no Bairro dos Pires. Ela disse que já perdeu geladeiras e freezer. “A Elektro precisa ter um plano de emergência e aumentar as equipes de atendimento. Já fiquei 72 horas sem energia após um galho cair em um cabo. Na última semana, ficamos 48 horas sem energia após o vendaval de terça. Na sexta-feira, a energia parou e só voltou no domingo à noite", relatou.

 

Pedro Alves e Marcos Cruz também relataram a demora na manutenção e os constantes prejuízos. "Se quebra um fio e precisar da Elektro, é uma penitência", disse. Um dos munícipes chegou a relatar que a se a CPI não prosperar, que eles vão entrar com ação judicial. A principal reclamação, no entanto, foi de equipamentos queimados por causa das quedas e oscilações de energia que ocorrem, segundo eles, constantemente. Prejuízos com a perda de alimentos refrigerados e a falta d’água nas áreas rurais, que dependem de poços artesianos, também foram citados durante os depoimentos.

 

A comissão vai encaminhar ofícios à Prefeitura questionando se há previsão de investimentos e projetos futuros por parte da Elektro para melhoria do fornecimento e distribuição de energia em Limeira. Também será enviado ofício à Elektro solicitando informações sobre quantos equipamentos, equipes e número de funcionários existem para atender as demandas dos munícipes, qual a quantidade de transformadores existentes no município, durabilidade e frequência de troca ou manutenção destes equipamentos. Uma audiência pública chegou a ser sugerida, mas os vereadores optaram por aguardar as respostas dos requerimentos. Na próxima reunião, que acontece no dia 14 de novembro, às 14h, o secretário de Obras, Dagoberto Guidi, foi convidado para prestar esclarecimentos à Comissão.

 

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login