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Outubro fecha com 154 mm de chuva em Limeira

Limeira enfrentou um fim de semana chuvoso, com registros de mais de 50 milímetros de precipitação, de acordo com dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO). Embora o volume seja significativo, a média mensal de outubro deste ano caiu em comparação com 2023. 

Conforme informações da BRK, empresa responsável pelo sistema de abastecimento, Limeira registrou 154 milímetros de chuva em outubro de 2024, o que representa uma queda de 20,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o índice foi de 194 milímetros. O acumulado de janeiro a outubro soma 738 milímetros, uma redução expressiva de 43,2% em relação ao mesmo período do ano passado, que totalizou 1.300 milímetros. 

Apesar da redução, os mananciais responsáveis pelo abastecimento da cidade estão em condições satisfatórias para manter o fornecimento de água. O rio Jaguari apresenta vazão de 13 m³/s, e o ribeirão Pinhal opera com 86% de sua capacidade. Segundo a BRK, o monitoramento pluviométrico constante nas unidades de captação e tratamento de água visa assegurar o controle do comportamento hídrico e a sustentabilidade dos recursos. 

Novembro marca um aumento considerável nas médias de precipitação em grande parte do país, exceto em algumas áreas da Região Norte e Nordeste. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média de precipitação para novembro costuma ultrapassar 140 mm em boa parte do Brasil. Na Região Sul e em áreas do Sudeste, Centro-Oeste e da Amazônia, a média de precipitação chega a superar 180 mm, refletindo o início da temporada de chuvas regulares. 

Ainda que o fenômeno La Niña não esteja plenamente configurado, as temperaturas do Oceano Pacífico Equatorial, especialmente na costa peruana, têm permanecido ligeiramente abaixo da média. Essa condição pode afetar o comportamento climático de novembro, facilitando a formação de corredores de umidade entre as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, o que pode aumentar a ocorrência de áreas persistentes de chuva. 

Durante os anos em que o La Niña se intensifica, o efeito clássico é a redução das chuvas no Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No entanto, sem um La Niña consolidado, essa diminuição não deve ocorrer de forma expressiva neste ano. No Centro-Oeste e no Sudeste, a combinação de ar quente e úmido com a passagem de frentes frias pela costa também deve estimular as pancadas de chuva típicas do período, especialmente à tarde e à noite. 

Com os mananciais em condições favoráveis, a BRK afirma que não há, até o momento, risco de interrupção no fornecimento de água em Limeira, apesar da redução das chuvas acumuladas no ano. Esse acompanhamento regular visa assegurar que, mesmo em anos de menor volume pluviométrico, a cidade tenha o abastecimento garantido e a população possa atravessar o período de transição climática com tranquilidade.

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