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Chuvas de janeiro superam média e somam 238 mm em Limeira

A BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto de Limeira, divulgou os dados pluviométricos referentes ao mês de janeiro de 2025, com destaque para o aumento significativo nas chuvas comparado ao mesmo período de 2024. Em janeiro deste ano, a cidade registrou 238 milímetros de chuva, um aumento de 45% em relação aos 164 milímetros observados no mês de janeiro do ano passado.

 

A empresa realiza o monitoramento constante das unidades de captação e tratamento de água com o objetivo de acompanhar o comportamento hídrico dos mananciais. “Este acompanhamento é essencial para garantir o abastecimento regular e a gestão eficiente dos recursos hídricos da cidade”, destacou.

 

Para o mês de fevereiro, a média histórica de chuvas em Limeira é de 177 milímetros, o que ainda pode influenciar nas condições dos mananciais que abastecem o município. A BRK destaca que, atualmente, os dois principais mananciais de captação de água da cidade, o rio Jaguari e o ribeirão Pinhal, estão em boas condições para manter o abastecimento regular.

 

O rio Jaguari apresenta uma vazão de 87 metros cúbicos por segundo (m³/s), enquanto o ribeirão Pinhal está com 90% de sua capacidade, o que garante a continuidade do fornecimento de água sem interrupções. A companhia reforça que, com a manutenção desses níveis, o abastecimento de água segue normalizado em Limeira.

 

A concessionária também ressalta que o monitoramento contínuo das condições dos mananciais e as previsões pluviométricas são fundamentais para adotar ações preventivas, caso necessário, e assegurar a segurança do abastecimento à população, especialmente durante o período de estiagem, que pode ocorrer nos próximos meses.

 

ESTRAGOS NA REGIÃO

 

Nos últimos dias, a região tem enfrentado uma série de problemas provocados pelas chuvas intensas que atingiram a região. Santa Bárbara d'Oeste, por exemplo, registrou o que a prefeitura local considera um dos piores alagamentos da história da cidade. Segundo a Defesa Civil, mais de 400 milímetros de chuva caíram nos últimos sete dias, e a previsão do tempo aponta a possibilidade de mais 200 milímetros até quinta-feira (6), seguidos de outros 190 milímetros até o domingo (9). A quantidade de chuva tem causado estragos em diversos pontos da cidade, com alagamentos que afetaram vários bairros.

 

Em virtude dos alagamentos, a prefeitura suspendeu as aulas da rede municipal de ensino nesta terça-feira (4), com previsão de retorno somente quando a situação se normalizar. De acordo com o comunicado oficial, equipes continuam trabalhando de forma ininterrupta para prestar socorro às vítimas dos alagamentos.

A situação é ainda mais complicada com os impactos nos sistemas de abastecimento de água da cidade. O DAE (Departamento de Águas e Esgotos) relatou que, devido ao volume elevado de chuvas, o sistema de captação da Estação Elevatória Santa Alice precisou ser paralisado após as águas invadirem as cabines de entrada de energia elétrica, colocando em risco tanto a segurança quanto os equipamentos.

 

Em Capivari, a situação também é grave. O rio que corta o município atingiu 3,46 metros e a Defesa Civil local prevê que o nível continue a subir. A cidade já contabilizava 16 pontos de alagamento e 144 famílias desabrigadas, que foram acolhidas em espaços públicos ou na casa de amigos e familiares. As equipes de apoio, incluindo a Defesa Civil, a Guarda Civil e as Secretarias de Desenvolvimento Social, Infraestrutura e Logística, estão atuando ativamente para fornecer abrigo e apoio às famílias atingidas.

 

No total, Capivari tem 67 famílias desabrigadas, sendo 56 pessoas abrigadas no Ginásio de Esportes Ronaldo Zaidan Pellegrini (Ronaldão), 144 pessoas acolhidas na Escola de Educação Integral de Capivari Eicap Professor Aldo Silveira, e 5 pessoas em um terceiro abrigo na Escola Municipal Professora Maria Rosa Lembo Duarte. Além disso, outras 47 famílias, que foram desalojadas, estão recebendo apoio nas casas de familiares.

 

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