Foto de capa da notícia

Bolsonaro diz ser alvo de acusações "graves e infundadas"

Pouco depois de se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que é alvo de acusações graves e infundadas. Bolsonaro também voltou a falar das urnas eletrônicas, afirmando que não é obrigado a confiar em um programador.

Segundo o ex-presidente, ele é acusado injustamente de liderar a trama golpista por defender o voto impresso e questionar o resultado das eleições de 2022."Eu espero, hoje, colocar um ponto final nisso aí. Parece que tem algo pessoal contra mim e as acusações são muito graves e são infundadas", afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro disse ainda que colaborou com a transição do governo após o fim das eleições. Segundo o ex-presidente, ele atuou para impedir obstrução de vias por caminhoneiros e pediu por manifestações ordeiras. O capitão reformado declarou ainda que não era obrigado a passar a faixa presidencial para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Graças a Deus eu saí daqui no dia 30 de dezembro, porque eu não queria passar a faixa para um cara com um passado como o Lula tem. Não há crime nenhum em não passar faixa. Não está escrito que é proibido não passar a faixa", afirmou.

O ex-presidente também rebateu a denúncia da PGR que o acusou de ter convocado comandantes das Forças Armadas para consultá-los para uma eventual ruptura democrática por uma decretação de estado de sítio. Segundo o ex-presidente, um golpe jamais seria concretizado a partir de um mecanismo constitucional.

"Nem atos preparatórios houveram para isso, se é que para você trabalhar com dispositivo constitucional é sinal de golpe. Golpe não tem lei, não tem norma. Golpe tem conspiração com a imprensa, o parlamento, setores do poder Judiciário, setores da economia, fora do Brasil. Forças Armadas em primeiro lugar, sociedade, empresários, agricultores. Aí você começa a gestar um hipotético golpe, nada disso houve", disse Bolsonaro.

Bolsonaro voltou a acusar fraudes no sistema eleitoral brasileiro. "Eu não sou obrigado a acreditar e confiar em um programador", afirmou. Ele também disse que Moraes "bota o que quer" nos processos judiciais relatados por ele: "Por isso os seus inquéritos são secretos ou confidenciais".

Ele criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). "Pessoal já deve ter percebido a forma tão incisiva como ministro Alexandre de Moraes conduz ou se conduz, tem algo esquisito por aí. O que ele quer esconder?", afirmou.

Segundo ele, Moraes estaria tentando esconder algo. "O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) influenciou, jogou pesado, contra eu (sic) e a favor do candidato Lula. Eu não pude mostrar imagens do Lula defendendo aborto", continuou Bolsonaro. "Mais grave ainda, o TSE fez campanha massiva para jovens de 16 e 17 anos retirassem o título. Esses jovens votam na esquerda."

Ele argumentou que o TSE foi para cima do pessoal da direita por meio de processos de inelegibilidades, de modo a criar semelhanças com o processo eleitoral na Venezuela que reelegeu o presidente Nicolás Maduro.

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login