
Daniel Silveira vai cumprir resto da pena no regime semiaberto
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), autorizou o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) a
cumprir o restante da pena do regime semiaberto. Ele terá
que usar tornozeleira eletrônica, comparecer semanalmente no fórum, ficar fora
das redes sociais e comprovar "atividade laborativa lícita".
A defesa do ex-deputado pediu a progressão de regime e a Procuradoria-Geral da
República (PGR) foi a favor.O ex-deputado preencheu os requisitos previstos na
Lei de Execuções Penais para a progressão do regime de prisão, como o
cumprimento de parte da condenação no sistema fechado e o bom comportamento.
Em sua decisão, Moraes justificou que a pena "deverá ser cumprida em
regime progressivo, permitindo ao sentenciado, desde que presentes em sua
integralidade os requisitos legais objetivos e subjetivos, o acesso aos regimes
menos rigorosos".
O ex-deputado conseguiu a remissão de 389 dias da pena, abatidos a partir da
comprovação de atividades de estudo e trabalho na cadeia, e também pagou a
multa corrigida de R$ 271 mil por violar a tornozeleira eletrônica quando
estava em prisão domiciliar.
Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por
defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e
a ditadura militar.Em um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de
2021, ele atacou e ofendeu ministros, falou em dar uma "surra" nos
magistrados, defendeu o golpe militar de 1964 e o AI-5 (ato mais duro da
ditadura).
O julgamento foi concluído em abril de 2022, mas Daniel Silveira não começou a
cumprir a pena imediatamente porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) editou
um decreto para perdoar a condenação. O indulto terminou anulado pelo STF.Até o
dia 16 de setembro, data da emissão do atestado de pena mais recente, consta
que o ex-deputado cumpriu quatro anos, um mês e 26 dias da pena.
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