A cidade de Limeira já contabiliza 9.128 casos confirmados de dengue e 9.144 casos prováveis, de acordo com os dados mais recentes. Além disso, 24.686 notificações foram descartadas e 16 seguem em investigação. Os números refletem a gravidade da situação e a importância do combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti. 

Entre os casos confirmados, 36 apresentaram sinais de alarme e 11 evoluíram para formas graves da doença, que possuem uma letalidade de 72,73%. Até o momento, 9 óbitos foram registrados, e outros 3 ainda estão sob investigação. A taxa de incidência é alta, com 3.119,3 casos para cada 100 mil habitantes, o que coloca a cidade em alerta. 

Com o verão, iniciado no dia 21 de dezembro, especialistas reforçam a necessidade de intensificar os cuidados para prevenir novos casos. A médica infectologista da Unimed Limeira, Dra. Maria Beatriz Bonin Caraccio, destaca que o calor e as chuvas da estação favorecem a proliferação do mosquito. 

“Evitar o acúmulo de água parada é o meio de prevenção mais conhecido, mas que precisa ser lembrado e praticado diariamente. Precisamos evitar a proliferação do Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela”, alerta a infectologista. 

Ela explica ainda que os vírus da dengue são divididos em quatro tipos. “Quando a pessoa é infectada por um deles, ela fica imune a esse tipo, mas ainda pode contrair os outros. Infecções secundárias têm maior risco de evoluírem para casos graves, como a dengue hemorrágica, que pode levar ao óbito”, explica. 

A médica reforça a importância de eliminar criadouros do mosquito, como vasos de plantas, pneus, garrafas, caixas d’água e outros recipientes que acumulam água. Também é essencial estar atento aos sinais da doença, como febre alta, dores no corpo, manchas na pele e sangramentos. Em casos mais graves, buscar atendimento médico imediato é indispensável.