Oxigenação hiperbárica ou OHB. Já ouviu falar nesta técnica terapêutica? É um tratamento médico que envolve a administração de oxigênio puro em uma câmara pressurizada, onde a pressão do ar é superior à pressão atmosférica normal. Esse processo permite que o oxigênio seja absorvido de forma mais eficiente pelos tecidos do corpo, promovendo a cura e o tratamento de diversas condições médicas. É usada no tratamento de doenças como intoxicação por monóxido de carbono, feridas crônicas, infecções graves e algumas condições neurológicas. Além disso, também pode ser indicada para acelerar a recuperação de lesões esportivas e pós-cirúrgicas.

Quais feridas a OHB trata

Feridas, especialmente aquelas que são difíceis de cicatrizar ou estão associadas a complicações. Algumas das feridas mais comuns tratadas com oxigenoterapia hiperbárica incluem úlceras diabéticas, feridas por queimaduras ou radiação, infecções necrosantes, e até feridas vasculares. Para o cirurgião vascular e diretor da Prime Care Medical Complex, Dr. Vitor Gornati, "tratamos com esta técnica aquelas feridas causadas por problemas circulatórios, como insuficiência venosa ou arterial, que prejudicam o fornecimento de oxigênio aos tecidos. "A oxigenoterapia hiperbárica acelera a cicatrização nessas feridas ao aumentar a quantidade de oxigênio no sangue e nos tecidos, promovendo a regeneração celular e combatendo infecções. No âmbito vascular, são vários os benefícios principalmente devido à capacidade de melhorar a perfusão tecidual e a função vascular", comenta.

Evento em São Paulo debate avanços

Nos dias 3 e 4 de abril, inovações da medicina hiperbárica e dos curativos serão discutidas no Wound Care Course*, que acontece em São Paulo dentro do ScIENCE – Simpósio Internacional de Cirurgia Endovascular -, que está em sua 9ª edição. Palestrantes da Grécia, México, Estados Unidos, Polônia e Costa Rica compartilharão atualizações e novidades sobre a técnica ao redor do mundo. Entre os assuntos abordados na programação estão a apresentação de casos clínicos (úlcera com doença mista, úlcera de difícil cicatrização e caso clínico venoso), complexidade e cuidados multidisciplinares, aplicação da OHB, abordagem cirúrgica, manejo de refluxo, fluxo de trabalho para infecção, tratamento das artérias tibiais para cicatrização de úlceras e uso de produtos celulares e acelulares.

"Depois de oito edições, o ScIENCE já se consagrou como um dos principais eventos de inovações e tecnologias na cirurgia vascular com foco no tratamento ao território venoso e arterial, além do tratamento de feridas e na área de dermatoflebologia", finaliza Gornati.