A vacina contra a gripe passou a integrar oficialmente o Calendário Nacional de Vacinação, garantindo imunização permanente para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir dos 60 anos. A mudança foi anunciada pelo Ministério da Saúde e tem como objetivo reforçar a estratégia de imunização no Brasil. A medida vai ao encontro de outras alterações previstas para 2025, como a ampliação do período de aplicação da vacina contra o rotavírus e a substituição das doses de reforço da vacina oral contra poliomielite por uma dose inativada.

Em Limeira, a vacina contra a influenza já é disponibilizada à população durante todo o ano, e não apenas nas campanhas sazonais. Renata Albertin, diretora de Vigilância em Saúde de Limeira, comentou em entrevista para a Gazeta sobre a adaptação da cidade a essas novas diretrizes. "Em Limeira, nada muda. Continuamos oferecendo a vacina contra a gripe em nossas 17 unidades básicas de saúde que possuem sala de vacinação", explicou Renata.

No entanto, a adesão da população à vacinação contra a gripe tem sido abaixo do esperado. "Nos últimos anos, a cobertura vacinal tem ficado entre 40% e 50%, enquanto a meta é de 95%", destacou a diretora. Com a mudança, a vacinação estará disponível em todas as salas de vacina, a partir da segunda quinzena de março, permitindo o acesso ao imunizante ao longo de todo o ano. Além dos grupos já mencionados, profissionais de saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade e pessoas com doenças crônicas ou deficiências também serão contemplados com o imunizante por meio de estratégias especiais.

Em relação à poliomielite, a principal alteração é a substituição das doses de reforço da vacina oral por uma dose inativada (VIP), que é administrada por injeção. Já no caso do rotavírus, o período de aplicação das doses foi ampliado. A primeira dose poderá ser administrada até os 11 meses e 29 dias, enquanto a segunda dose poderá ser aplicada até os 23 meses e 29 dias de idade.

COVID-19

A imunização contra a covid-19 faz parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças a partir de seis meses a menores de 5 anos de idade, idosos (a partir de 60 anos de idade) e gestantes.

A vacinação dos demais grupos especiais a partir de 5 anos de idade será realizada periodicamente em qualquer sala de vacina, sendo a cada seis meses para imunocomprometidos e a cada ano para os demais grupos: pessoas vivendo em instituições de longa permanência; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; puérperas (aquelas não vacinadas durante a gestação); trabalhadores da saúde; pessoas com deficiência permanente; pessoas com comorbidades; pessoas privadas de liberdade; funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e pessoas em situação de rua.

Para a população geral entre 5 e 59 anos, e aqueles que nunca receberam nenhuma dose, a recomendação é de uma dose de vacina para a doença.As mudanças foram implementadas com base em evidências científicas e ampliam a proteção contra doenças imunopreveníveis, garantindo um acesso mais abrangente e eficaz às vacinas.