Foto de capa da notícia

Mais de 25 mil moradores convivem com diabetes



No Dia Mundial do Diabetes, lembrado neste 14 de novembro, a data chama atenção para a importância da conscientização sobre a doença, que já afeta mais de 25 mil pessoas em Limeira. A condição ocorre quando o nível de açúcar no sangue se eleva, seja pela falta de produção adequada de insulina pelo pâncreas ou pela dificuldade do organismo em utilizá-la corretamente.


Dados da Secretaria Estadual de Saúde obtidos pela Gazeta de Limeira, apontam que houve diminuição no número de internações por diabetes na região. Em 2025, de janeiro a agosto, foram 455 internações. Já em 2024, no mesmo período, foram 738 internações e em 2023, 718 internações. 


Com relação a procedimentos ambulatoriais, incluindo, consultas e atendimentos, em 2025, foram 3.218 atendimentos. Em 2024, o número foi maior, somando 4.356 atendimentos. Já em 2023, o número foi o menor, sendo contabilizados 1.715 atendimentos. 


A endocrinologista Isabel Menezes explica que o aumento nos diagnósticos está relacionado a uma combinação de fatores. “A expectativa de vida tem aumentado, mas ao mesmo tempo as pessoas estão se movimentando menos, ganhando peso com mais facilidade e consumindo mais alimentos industrializados”, afirma. 


Segundo a especialista, a alimentação rica em açúcar, farinhas e ultraprocessados sobrecarrega o pâncreas. “O estresse aumenta hormônios que elevam a glicose, e o sedentarismo reduz a sensibilidade à insulina. A soma disso facilita o surgimento do diabetes, especialmente em pessoas com predisposição genética”, completa.


Além dos hábitos alimentares e do sedentarismo, a hereditariedade também tem papel importante. Pessoas com histórico familiar da doença, sobrepeso, hipertensão ou colesterol alto estão mais suscetíveis. A condição afeta homens e mulheres em proporções semelhantes. Em crianças, o tipo 1 é o mais comum, mas devido ao estilo de vida, já há registros de diabetes tipo 2 na infância.


TIPOS DE DIABETES


O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o organismo destrói as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, resultando em deficiência total ou quase total do hormônio. Já o tipo 2 é caracterizado pela resistência à ação da insulina ou pela redução progressiva na produção, sendo frequentemente associado ao excesso de peso e à falta de atividade física.


A endocrinologista também destaca que mudanças climáticas e poluição podem ter influência indireta na doença. “O calor extremo aumenta a inflamação no corpo e dificulta o controle da glicose. A poluição, por sua vez, pode provocar inflamação crônica e resistência à insulina. Não são causas diretas, mas contribuem quando somadas a outros fatores de risco”, ressalta.


Os principais sinais de alerta incluem muita sede, urina em excesso, cansaço, perda de peso sem motivo aparente, visão embaçada e infecções de difícil cicatrização. A orientação é que pessoas com fatores de risco realizem exames de rastreamento mesmo na ausência de sintomas.


Entre as principais medidas de prevenção estão manter um peso saudável, priorizar alimentos naturais (como frutas, verduras, legumes e proteínas), reduzir o consumo de açúcar e ultraprocessados, praticar atividades físicas regularmente, dormir bem e controlar o estresse. Para quem já tem o diagnóstico, seguir corretamente o tratamento e monitorar a glicose conforme orientação médica faz toda a diferença para o controle da doença e a qualidade de vida.

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login