Servente morre ao bater moto em caminhão no Jardim Roseira
Um sinistro de moto matou o servente de pedreiro David Henrique Soares, de 29 anos, na noite do último sábado, na Rua José Alberto Campanini, no Jardim Roseira. Este é o terceiro acidente fatal de 2022, todos com envolvimento de motos. Soares morreu no local ao bater a moto que conduzia na traseira de um reboque, que estava regularmente estacionado na via. Quando a Unidade de Suporte Avançado (USA) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local, não havia mais o que ser feito.
A Gazeta foi ao local logo após o acidente. Segundo o que foi relatado por testemunhas, Soares seguia com uma CG Honda, sentido Jardim Aeroporto, quando, por motivos desconhecidos, se chocou contra o reboque, carregado de andaimes, que estava parado na via. A vítima, que não era habilitada para conduzir motocicleta, teria chocado a região da cabeça contra o para-choque do caminhão, que ficou danificado. Ele foi projetado, junto com a moto, a alguns metros de distância. O servente chegou a levantar, dar alguns passos, mas caiu no meio da via, onde morreu. A moto teve pequenos danos.
A reportagem constatou que o local onde o caminhão estava parado fica a cerca de 150 metros de uma curva da via. O reboque do caminhão continha, no parachoque, faixas refletivas, conforme rege a legislação de trânsito. Segundo um agente de trânsito que atendeu a ocorrência, não havia irregularidades com relação ao itens de segurança do veículo de carga e nem infração de trânsito, já que não há sinalização de proibição de estacionamento no local. Há placas do limite de velocidade da via que é de 40 km/h. No entanto, alguns metros antes do caminhão, havia um poste de iluminação pública, que estava com a lâmpada apagada. O local do acidente estava escuro.
FAMILIARES
Com a notícia do sinistro envolvendo o motociclista, cerca de 30 conhecidos da vítima, entre familiares e amigos, foram à rua. Alguns demonstraram nervosismo com relação à parada do caminhão e chegaram a fazer ameaça contra o motorista, que esteve no local, mas não se apresentou como responsável pelo veículo. Bastante assustado com a situação, o caminhoneiro alegou que sempre para na rua e que nunca havia tido problemas. Ele, que mora naquela região, prestou depoimento ao delegado Rodrigo Rodrigues e foi liberado da delegacia. Outra reclamação de conhecidos do servente era a escuridão da rua e a lâmpada do poste, que estava apagada. Familiares registraram imagens e diziam que iriam acionar o município na Justiça. A Polícia Militar (PM) esteve no local e atendeu a ocorrência, junto com o Departamento de Trânsito da prefeitura, Polícia Civil e a Científica. Soares deixa pais, irmãos e um filho. Seu sepultamento ocorreu ontem a tarde, no Cemitério Parque de Limeira.
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