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Comida servida em escola estaria causando intoxicação em alunos

Uma estudante, de 17 anos, entrou em contato com a redação da Gazeta para denunciar a situação vivida por alunos da Escola Técnica Estadual Trajano Camargo desde março deste ano. Pelo menos uma vez por semana, a garota diz estar encontrando problemas com as marmitas fornecidas pela escola para o almoço dos alunos de cursos de período integral. A refeição é fornecida por uma empresa rioclarense, alvo de reclamações também em escolas estaduais daquela cidade, de acordo com matéria veiculada na imprensa local.

A adolescente, acompanhada da mãe, conversou com a reportagem e disse que várias notificações já foram feitas à direção da escola pedindo providências, mas que o estabelecimento responde que não tem como cancelar o contrato com a empresa. "No dia 11 de março, a gente encontrou larvas dentro das marmitas. Fomos à direção e nos disseram que era broto de feijão. Mas não é. Dá para ver claramente que é uma larva que tinha no meio da comida", relatou a jovem. Segundo a garota, a direção da escola tem se mostrado preocupada e feito todo o possível para tentar resolver a situação.

A alimentação é fornecida de forma gratuita para os alunos que permanecem o dia todo na escola. "Não tem como a gente levar nada de casa, porque não tem geladeira na escola. Então, ou a gente come a comida deles, ou compra na escola, ou fica sem comer", relatou a jovem.  
Ainda, de acordo com a garota, há algumas semanas, cerca de 90 alunos da escola apresentaram quadro de intoxicação ao ingerir os alimentos fornecidos pela empresa. "Tive dois dias de diarréia e vômitos. Depois fiquei sabendo que vários alunos tinham passado a mesma situação", frisou a jovem.

EMPRESA

Na tarde de ontem, a Gazeta conseguiu contato com um responsável pela empresa, que pediu, por enquanto, anonimato. Ao ser informado da denúncia, o funcionário disse que estava fora da empresa nesta segunda-feira e que precisaria verificar o que teria ocorrido. Pelo telefone, ele se comprometeu a tentar esclarecer a situação nesta terça-feira. A Coordenação do Centro Paula Souza afirmou em nota que ao receber os relatos dos alunos, a direção da unidade imediatamente notificou a empresa responsável pelo fornecimento da refeição. A escola mantém monitoramento diário da qualidade da alimentação recebida e já reforçou o procedimento para os próximos dias. A Vigilância Sanitária Municipal recolheu amostrar da comida para análise. Após resultado, serão tomadas as medidas administrativas cabíveis".

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