Pelo menos três casos de violência doméstica foram registrados durante o último expediente do plantão policial, entre a noite de terça (26) e a manhã da quarta-feira (27), em Limeira. Em nenhum dos casos o agressor foi preso, mas as vítimas relataram os casos ao delegado Alan Barcelos de Azevedo e devem ser investigados pela equipe da Delegacia de Defesa da Mulher. 

O plantão foi procurado por mãe e filha, de 42 e 19 anos, para relatar agressões e ameaças cometidas pelo pai e marido das declarantes. Ambas passaram alguns dias fora de casa, na casa de parentes e, ao voltarem, encontraram uma das portas da casa fechada. Segundo elas, não era normal a porta ser fechada. Para ter acesso ao interior da casa, foi necessário o arrombamento. Segundo a mulher, ela está separada do agressor há alguns anos, mas eles convivem na mesma casa. 

A violência contra mãe e filha ocorreu quando o homem chegou alterado no imóvel, que fica na zona rural. Uma segunda porta foi danificada pelo homem, que briga na Justiça pelo imóvel, durante o processo de divórcio do casal. Foram localizados registros anteriores de violência contra as vítimas na Delegacia de Defesa da Mulher.  

NO BANHEIRO

Outra vítima que compareceu na delegacia foi uma mulher, de 44 anos, moradora em Iracemápolis. Ela relatou que, durante a madrugada do último domingo (24) foi agredida pelo atual companheiro, de 41 anos. A discussão do casal, que terminou em agressão, começou depois de eles voltarem da casa de uma amiga, onde o homem teria se embriagado. Ao chegar em casa, a mulher foi empurrada contra uma parede e chegou a bater a cabeça, ficando atordoada por alguns instantes. As agressões continuaram no quarto do casal, onde ela foi jogada em cima da cama. Ao conseguir se livrar do agressor, a mulher correu para o banheiro e se trancou. A confusão terminou quando o homem disse que iria embora, mas antes ameaçando a vítima de morte. Isso ocorreu no meio da rua, quando ao ela correr, pedindo socorro. 

PARA OS BENS DO FILHO

Outro caso de violência doméstica ocorreu no Parque Hipólito. Os envolvidos são marido e mulher. Ela, que tem 40 anos, alegou que encontrou mensagens de outra mulher no celular do marido, um ano mais velho, ao ele chegar em casa tarde e embriagado. Que após pedir explicações ao marido, foi agredida com um pedaço de madeira e com uma mordida. O filho adolescente do casal tentou proteger a mãe e também foi agredido. A PM foi chamada e as partes levadas à delegacia para prestar esclarecimentos ao delegado. 

À autoridade, o homem disse estar arrependido, que exagerou na bebida e que pretende se separar da esposa. No entanto, ela, mesmo confirmando as agressões, disse que não quer processar o marido e que pretende continuar no relacionamento pelo bem dos filhos. Ambos foram liberados da delegacia após o registro de lesão corporal de forma recíproca.