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Motorista de aplicativo apresenta laudo de lesões à polícia

O delegado Francisco Lima, titular do 1º Distrito Policial (DP) de Limeira, ouviu, em depoimento, o motorista de aplicativo, filmado agredindo verbalmente uma empresária limeirense, durante uma corrida, no último dia 1. O vídeo, postado por uma amiga da mulher, viralizou na internet e o caso ganhou repercussão nacional. Durante o interrogatório, o homem alegou ter sido agredido com um tapa no rosto e apresentou um laudo, que comprovaria a agressão. A mulher teria lhe acertado quando ele tentava puxá-la para fora do carro.

A reportagem conversou nesta sexta-feira, com o delegado. Lima alegou que o motorista confirmou que a discussão começou por conta da velocidade do carro. A versão já tinha sido apresentada à polícia pela empresária, conforme já mostrou a Gazeta. No entanto, segundo o condutor, ele não estava excedendo o limite da via, mas resolveu parar o carro, quando a mulher insistiu no argumento. Foi, segundo o condutor, nesse momento que a mulher saca do celular e começa a gravá-lo. "Ele reconhece que errou, que perdeu a cabeça, mas disse que foi agredido com um tapa no rosto, quando foi tentar tirá-la do carro. O óculos de sol que ele estava usando, teria sido lançado longe com a agressão", alegou o delegado. O condutor alegou que depois de alguns segundos, com ambos mais calmos, a mulher teria tirado a criança do carro e teria chutado a porta, quando ele foi embora.

Durante a tarde do mesmo dia, depois de o vídeo ser postado nas redes sociais, ele procurou um pronto-socorro para a constatação das lesões. O documento assinado por um médico constata lesões de natureza leve. Ainda naquela quinta-feira, ele teria sido xingado pela digital influencer depois de questioná-la sobre a exposição da imagem dele.

Ao delegado, o homem disse que pretendia processá-la. "Em função disso [dos vídeos], ele e familiares estariam sendo vítimas de ameaça, inclusive de morte", alegou Lima, que não pode confirmar, mas o condutor teria se mudado de casa por conta das ameaças. A Gazeta conversou com uma pessoa que mora próximo à casa dele, na região do Jardim Graminha. Esse vizinho, disse que o homem teve de sair às pressas do imóvel e se mudado para um lugar desconhecido logo após o caso ganhar repercussão.

Depois dos depoimentos, o delegado alega que espera o resultado de laudos e que deve encaminhar o caso ao Poder Judiciário. A princípio o caso seria tratado como lesão corporal dele contra a mulher. Só que com a apresentação do laudo da lesão que ela teria causado nele, pode caracterizar lesões recíprocas. De toda forma, o homem também pode responder por constrangimento, por conta dos xingamentos que ele proferiu contra ela, aos berros. "Ele disse que está arrependido, mas que foi tirado do sério, independente de ela estar com uma criança, ou não. E que a impressão que ele teve é que a mulher fez as gravações de propósito para prejudicá-lo", finaliza o delegado.

 

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