Agente da GCM é demitido após assassinato
O Diário Oficial do Município publicou, no último sábado, a demissão do agente da Guarda Civil Municipal, D.A.B.C., 49 anos, acusado de ser autor dos disparos que mataram o barbeiro Jadson Jadiel de Lima, então com 30 anos, em 20 de fevereiro de 2022. O crime foi cometido dentro de um bar localizado no quilômetro 99 da Rodovia SP-147 (Engenheiro João Tosello), que liga Limeira a Mogi Mirim. Lima foi morto com três tiros, após ter, supostamente, oferecido um cigarro de maconha à companheira do ex servidor público.
D. não teria gostado de ver a vítima conversando com a esposa, que teria relatado ter recebido a oferta da droga. A esposa chegou a relatar ter aceito o entorpecente, mas foi flagrada pelo marido, enquanto conversava com a vítima. Ele teria dito para que o barbeiro esperasse um pouco ali, que ele voltaria na sequência. Para cometer o crime, considerado duplamente qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa, o agente da corporação municipal, que prestava serviço da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Vista Alegre, teria ido em casa para pegar uma pistola Taurus 380, particular.
Após os disparos, o servidor voltou para casa, onde foi preso por policiais militares e colegas de farda. Segundo a companheira de D., ambos haviam participado de uma confraternização, onde ele teria ingerido bebida alcóolica. Antes de retornar para casa, próximo do local do crime, o casal decidiu parar no estabelecimento. A oferta do entorpecente teria ocorrido enquanto D. usava o banheiro. O crime foi filmado por câmeras de segurança. A Gazeta ainda apurou, à época que o servidor estava com o porte de arma cassado, por problemas psicológicos. Ele estaria trabalhando desarmado em um posto de saúde.
Na Justiça comum, D. foi condenado por homicídio privilegiado e condenado a 5 anos de prisão. O inciso 1º do artigo 121 do Código Penal prevê redução de pena em um sexto a um terço quando o crime foi cometido (neste caso) logo após uma injusta provocação da vítima. Segundo a defesa, foi feito um pedido de semi-incapacidade do ex-servidor. A expectativa do advogado Flamínio Barreto é que se o resultado do laudo for favorável ao autor dos tiros, ele possa tentar retornar à corporação.
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