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DIG prende casal acusado de morte de jovem no Ernesto Kuhl

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira prendeu, na manhã de ontem, um casal, ela com 39 anos e ele, com 32 anos. O trabalho da delegacia contou com o apoio do SIP (Serviço de Inteligência Policial) da Delegacia Seccional de Limeira, sob o comando do delegado seccional, Antônio Luís Tuckmantel. Ambos são acusados da morte do jovem Raphael da Silva Pires, de 18 anos, ocorrida no Ernesto Kuhl, na terça-feira de carnaval. Pires teria brigado com o filho do casal e, a mãe, alegando legítima defesa, esfaqueou a vítima, que foi levada para a Santa Casa, mas não resistiu.

Para a Polícia Civil, a versão de legítima defesa não é verdadeira, uma vez que as agressões sofridas pelo filho do casal não teriam ocorrido no momento do esfaqueamento. A mulher foi a autora do golpe, mas o marido seria participante do crime, já que, segundo apurado, chegou a procurar por Pires pelas ruas do bairro, jurando-o de morte. “Nós entendemos que, de alguma maneira, ele concorreu para o crime, ainda que seja, pelo menos, induzindo”, relatou o delegado da DIG, Leonardo Burger. A motivação seria um desentendimento entre os jovens. Segundo o que a Gazeta apurou, um não teria gostado que o outro tivesse curtido fotos no Instagram de uma menina do bairro. “O crime foi por motivo fútil, uma vez que a discussão dos rapazes ocorreu por uma coisa banal”, relatou o delegado.

Horas após o crime, o casal fugiu da cidade com medo de ser pego pela polícia e por moradores do bairro, que se revoltaram com a forma como ocorreu a morte de Pires. Eles decidiram ir à capital, em um apartamento de conhecidos. A polícia descobriu o esconderijo e comunicou a Justiça. O mandado de prisão temporária do casal foi expedido e eles foram capturados na capital. “Tivemos dois trabalhos de investigação; um para juntar provas da materialidade e autoria do crime, ou seja, para confirmar que eram eles mesmos os autores do crime. O segundo foi para descobrir onde eles estavam escondidos”, frisou o delegado.

DEPOIMENTO
A Gazeta teve, por meio da defesa das vítimas, acesso ao depoimento dos dois no ato do cumprimento da ordem judicial. A mulher alega que esfaqueou Pires após um vizinho ter dito que Pires estaria matando o filho dela. “... saiu no portão com a faca que estava utilizando para fazer janta e foi devagar para perguntar ao Raphael [vítima] por que estava batendo no seu filho. Que Raphael partiu para cima da declarante agressivamente”, traz um trecho do depoimento dela. Já o marido dela disse que estava no quarto e que, quando percebeu a confusão, viu a mulher ser atacada e agir em legítima defesa.


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