
Projeto pioneiro de SP prende 73 agressores de mulheres em 2 anos
A Secretaria da Segurança Pública implantou, há dois anos, o monitoramento eletrônico de infratores que cumprem pena em regime aberto ou foram beneficiados com liberdade condicional, por meio do uso de tornozeleiras eletrônicas. A iniciativa integra o SP Por Todas, movimento que reúne políticas públicas voltadas à defesa e autonomia, segurança e saúde das mulheres no estado.
O programa, realizado em parceria com o Tribunal de
Justiça, já resultou na prisão de 113 infratores na capital paulista. Entre os
presos, 73 eram agressores de mulheres, o equivalente a 65% do total. As
detenções ocorreram por descumprimento de medidas judiciais ou em cumprimento
de mandados expedidos pela Justiça. O acordo prevê o monitoramento de acusados
de diversos tipos de crimes, como homicídios, roubos e furtos soltos em após a
audiência de custódia, destacou o secretário da Segurança Pública, Guilherme
Derrite.
Após audiência de custódia e deliberação do Poder
Judiciário, os infratores recebem a tornozeleira eletrônica e passam a ser
acompanhados em tempo real pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).
Sempre que ocorre o descumprimento de alguma medida judicial, a sala de
gerenciamento do Copom é alertada por meio de sinais sonoros e visuais. Um dos
casos mais comuns é quando o agressor ultrapassa o perímetro de exclusão
definido pela Justiça em situações de violência doméstica. Esse raio pode
incluir, por exemplo, a residência da vítima e o local de trabalho de
familiares.
Em caso de violação, a viatura mais próxima é
direcionada para abordar o infrator, enquanto outra segue para o endereço da
vítima. Paralelamente, um atendente do Copom entra em contato com a mulher para
orientá-la — atendimento que também pode ser realizado por policiais femininas
da Cabine Lilás. Além disso, a vítima pode acionar a central de forma imediata,
utilizando o botão do pânico disponível no aplicativo SP Mulher Segura, caso
perceba que o agressor esteja se aproximando.
Outros exemplos que geram o alerta na central de
gerenciamento são quando o infrator tenta romper a tornozeleira, não carrega a
bateria do dispositivo, deixa o equipamento descarregado ou se ausenta do
município por mais de oito dias sem avisar o Poder Judiciário. Atualmente, 220
infratores são monitorados com tornozeleira eletrônica na capital paulista,
sendo 177 em decorrência de medidas protetivas e 43 por medidas cautelares. (Agência
SP)
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