Espera triste

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Espera triste

O relato de uma mãe que aguarda na fila para uma vaga no Cema, que atende pessoas com Transtorno Espectro Autistas (TEA), traz à tona um problema sério na cidade. Seu filho, de 7 anos, teve uma crise e quase sofre um acidente grave, após dar um soco em uma porta de vidro. Ela não é a única na espera. Há ainda 15 pessoas aguardando para atendimento. Imagina o quanto essas famílias estão preocupadas com seus filhos sem as terapias, que são importantes para eles?

Olhar mais atento

Essa mãe está preocupada e triste por ver seu filho agitado. Ele tem um grau leve de TEA, mas a falta das terapias tem feito a diferença no dia a dia. Alguém deve ter um olhar mais atendo para esse público.

Mais união

O autismo tem sido mais discutido ultimamente. Porém, falta muito ainda para que as pessoas com TEA tenham mais acesso aos atendimentos, mais oportunidades de desenvolvimento, inserção no mercado de trabalho. O que falta é união para criar projeto e desenvolver projetos para esse público. Falta falar mais sobre autismo e ouvir quem convive e luta pelos direitos deles.

Exemplo

A Akiko Moromizato é mãe da Kame, que tem autismo. Ela luta para que sua filha tenha o melhor. Não foi e não é fácil, mas a Kame é uma pessoa que está evoluindo. Akiko nunca a privou do convívio social. Hoje, essa mãe dá palestra gratuita para explicar o que é TEA e tudo o que envolver o mundo o autismo. Uma forma generosa de compartilhar conhecimento e levar sua mensagem de amor.

Inclusão de verdade

Recentemente, mostramos aqui neste jornal, a história do Rodolfo, que foi diagnosticado com TEA, num grau leve, e venceu as barreiras e trabalha na IBM. Muito mais que incluir no mercado de trabalho é acreditar na capacidade de cada um. Ele mesmo citou isso: “Ninguém definido por um diagnóstico, mas sua individualidade”. Falta muita empatia e amor pelo próximo ainda.

Sentir na pele

As pessoas deviam se colocar no lugar dessas mães, que estão na espera por uma vaga, ou de quem tem autismo, para poder entender o quanto as terapias são importantes ou o quanto a valorização faz a diferença. Elas não são pessoas incapazes, muito pelo contrário. Antes de criticar se coloque no lugar para tentar entender o que estão passando.

Precisa ampliar

Que o poder público olhe mais para esse público e enxergue a necessidade de ampliar ao atendimento, pois é nítido que o número de pessoas que precisam do Cema aumentou. E nós, como sociedade, tenhamos mais amor e menos preconceito.

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