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Celebrar as boas notícias

Elis Monfardini | elisandra@gazetadelimeira.com.br

 

Em tempos de tragédias amplamente divulgadas e de uma enxurrada de informações sensacionalistas, histórias como as de Maria Clara Monteiro e Joaquim Gomes Fernandes Mendes se destacam, aquecendo nossos corações e nos lembrando do impacto positivo que boas notícias podem ter em nossa sociedade.

Maria Clara, aluna da Escola Estadual Prof. Antonio Perches Lordello, conquistou a oportunidade de representar Limeira em um programa de intercâmbio internacional promovido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Entre mais de 9 mil inscritos, ela brilhou em um rigoroso processo seletivo e embarcará para o Canadá no dia 30 de janeiro. É uma conquista que reflete sua dedicação e esforço, além de evidenciar a importância de investir na educação pública.

Já Joaquim, aos 18 anos, fez história ao se tornar o segundo limeirense a ser aprovado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), uma das instituições de ensino mais prestigiadas do Brasil. Ele conquistou o quinto lugar entre cerca de 9 mil candidatos em um dos vestibulares mais desafiadores do país. Sua trajetória, marcada por superação, inspira jovens e famílias, mostrando que sonhos aparentemente inalcançáveis podem se tornar realidade com trabalho árduo e apoio.

Essas histórias nos lembram que a educação transforma vidas e comunidades. Elas também nos fazem refletir sobre a necessidade de mudar o foco do noticiário. Por que tantos sites dão prioridade ao sofrimento, à violência e ao caos, enquanto exemplos de superação, como os de Maria Clara e Joaquim, recebem tão pouco destaque?

Além disso, no frenesi por audiência e cliques, muitas notícias são divulgadas sem a devida checagem ou respeito às pessoas envolvidas. Quantas famílias já souberam da perda de um ente querido por uma transmissão ao vivo ou por uma publicação irresponsável nas redes sociais? Isso não é jornalismo. É espetáculo.

Que possamos valorizar mais as histórias inspiradoras. Não se trata de ignorar as dificuldades ou evitar as notícias difíceis, mas de narrá-las com responsabilidade e humanidade. É urgente construir um jornalismo que priorize a apuração cuidadosa e a dignidade das pessoas, que traga luz às conquistas e às soluções, e não apenas aos problemas.

As histórias de Maria Clara e Joaquim são exemplos do que o ser humano é capaz de alcançar quando há oportunidade, incentivo e determinação. Que esses jovens sirvam como inspiração para todos nós e como um lembrete de que boas notícias não só aquecem o coração, mas também têm o poder de mudar o mundo ao nosso redor. Afinal, a esperança é tão necessária quanto o ar que respiramos, e celebrar o sucesso alheio é uma forma de nutrir a nossa própria humanidade.

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