Elis Monfardini
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Seja em Limeira ou Engenheiro Coelho, a mensagem das prefeituras é categórica: é hora de arrumar a casa. Em ambos os municípios, as novas administrações enfrentam o desafio de crises financeiras severas, fruto de anos de desorganização e escolhas equivocadas. As medidas são duras, mas necessárias para evitar que as cidades sucumbam ao peso das dívidas.

Em Limeira, o cenário é preocupante. Com uma dívida de R$ 530 milhões, a Prefeitura luta para manter os serviços básicos funcionando. Murilo Félix, novo no comando, não hesitou: em poucas semanas, exonerou cerca de 500 funcionários, revisou contratos e anunciou cortes em salários de comissionados. Até mesmo serviços essenciais, como a coleta de lixo e o corte de mato, enfrentam atrasos nos pagamentos desde o ano passado. É o preço de anos de má gestão.

Do outro lado, Engenheiro Coelho optou por suspender temporariamente todos os pagamentos durante 120 dias para realizar uma auditoria. A nova gestão, liderada por Pedro Franco, encontrou uma Prefeitura sem informações claras e mergulhada em desorganização. Embora a medida tenha causado desconforto a fornecedores, a prioridade é resguardar o dinheiro público e retomar o controle administrativo.

As histórias dessas duas cidades, embora diferentes, apontam para uma verdade universal: administrar é saber priorizar. Seja a máquina pública ou o orçamento de uma família, é preciso cortar onde dói para assegurar que o essencial continue de pé.

Janeiro, como sempre, traz a realidade das contas para todos nós. Entre IPTU, IPVA e os custos do início do ano, também somos forçados a olhar para o que é realmente importante. Assim como Limeira e Engenheiro Coelho precisam de um plano de recuperação, nossas finanças pessoais também exigem disciplina e organização.

O exemplo dos prefeitos é mais do que um ato político; é um lembrete de que ajustar as contas é um passo necessário, por mais difícil que pareça. Arrumar a casa é mais do que cortar gastos: é planejar um futuro sustentável e evitar que as crises voltem a bater à porta. Que Limeira e Engenheiro Coelho nos inspirem a começar o ano com organização, coragem e foco no que realmente importa. Afinal, janeiro é o mês do recomeço — para as cidades e para cada um de nós.