Princípio peculiar de todos
Queridos e amados leitores,
Por todo lado se evidencia o mês branco e a necessidade
de zelar pelas emoções. Muitos podem dizer que cabe à cada pessoa cuidar da
própria saúde emocional, como fazer atividade física, ter pensamentos e hábitos
saudáveis para não adoecer.
Pertencemos a uma rede de relações que se entrelaçam,
assim, a correria do cotidiano, a emergência a qual a sociedade nos coloca e a
ânsia de dar conta de tudo, muitas vezes nos roubam de nós mesmos. Nos colocam
num ritmo acelerado por demais e a ausência da percepção sobre o próprio corpo,
a própria conduta e a leitura de como reagimos a tudo que nos atinge, podem nos
colocar num ciclo de desgaste sem fim.
Muito de como lidamos com as emoções são frutos das relações construídas em casa desde a infância... Traumas, frustrações e como são ensinadas às crianças a lidar determinam se no futuro serão ou não, bem sucedidas emocionalmente. A rede encontrada no âmbito profissional tende a acelerar e também despertar processos de adoecimento. Situações de assédio moral, verbal, segregação por características físicas, financeiras, racismo e preconceito ocorrem todos os dias, tanto no setor privado como no setor público. Diante de ambientes e pessoas hostis, a necessidade do emprego no setor privado e o receio de perder direitos no setor público, fazem com que muitos profissionais permaneçam diante de situações tóxicas, quais servem como catalisadores quando há indícios de históricos não superados, ou podem despertar doenças emocionais.
Nas muitas vezes são chefes de departamentos que humilham, destratam, dão prazos pequenos para que tarefas amplas sejam cumpridas sugerindo que se não realizadas a tempo específico, o funcionário receberá relatório ou quando querem manter a própria reputação intocável, manipulam funcionários específicos, colocando-os em "funções privilegiadas", que com fofocas ou atitudes desumanas, ríspidas, autoritárias, humilham aqueles que estão condicionados às suas decisões. Privilegiam outros funcionários, sem considerar a imparcialidade, fazendo que alguns se vejam como mais importantes que seus colegas, e portanto, algozes de ações que adoecem.
O que muitos não sabem, é que o contrário também existe.
Assédio moral ascendente é quando funcionários tentam desestabilizar seus
superiores, tratam as orientações com indiferença, caluniam, não cumprem com
suas demandas, choram para se justificar quando cobrados, gerando um ambiente
de trabalho hostil.
Não adianta dizer que o superior ou funcionário precisa
"conquistar seu espaço ou a equipe", quando o respeito não é dado por
um, consequências negativas vão surgir em algum momento. Quando atitudes assim
se tornam culturais de uma empresa ou negócio, se faz necessário rever as
políticas de convivência, lembrar que a imparcialidade, moral e ética precisam
reger os valores. Ao se deparar com ambientes assim, pessoas em cargos
superiores tem a obrigatoriedade de intervir, e quem não se sentir bem, colocar
na balança se vale a pena manter um emprego que mina as próprias emoções, ou se
existem opções a serem consideradas e partir para mudanças.
O respeito, princípio peculiar de todos, seja no serviço público ou privado, é importante para a construção de um ambiente de boa convivência. Se todos mantiverem respeito e cumprirem com seus afazeres, com certeza teremos ambientes mais saudáveis e pessoas emocionalmente mais equilibradas.
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