Queridos leitores, à medida que envelhecemos, o corpo passa por mudanças fisiológicas naturais que afetam a força muscular, a densidade óssea, a flexibilidade, o equilíbrio e a saúde cardiovascular. A prática de exercício físico regular ajuda a retardar esses processos, proporcionando inúmeros benefícios. Preservação da massa muscular. O exercício combate a sarcopenia (perda de massa muscular relacionada à idade), fundamental para manter a força e a mobilidade. Na saúde, os exercícios de impacto e força estimulam a formação óssea, prevenindo a osteoporose. Função cardiovascular, melhora a circulação sanguínea, reduzindo o risco de doenças cardíacas e hipertensão. Flexibilidade e equilíbrio, com certeza reduzem o risco de quedas, um dos maiores perigos na terceira idade e no controle de doenças crônicas, que ajudam a controlar o diabetes, hipertensão, colesterol e obesidade. Você que é meu leitor assíduo já sabe que na cognição o exercício estimula a neuroplasticidade, favorecendo a memória e o aprendizado. Previne doenças neurodegenerativas, pois a prática de exercícios está associada à redução do risco de Alzheimer e Parkinson. Redução do estresse e da ansiedade, estimula a liberação de endorfinas, promovendo bem-estar e melhorando a qualidade do sono. Estudos indicam que apenas 30 minutos diários de atividade física de baixa intensidade podem reduzir o risco de mortalidade em idosos em 17%. Se a atividade for de intensidade moderada a vigorosa, essa redução pode chegar a 33%. Uma pesquisa revelou que a caminhada é a atividade física preferida de 46% dos idosos no Brasil. A prática regular de atividade física está associada à manutenção da capacidade funcional em idosos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. A OMS recomenda que idosos pratiquem regularmente atividades físicas que enfatizem o equilíbrio, a coordenação e o fortalecimento muscular, visando melhorar a capacidade funcional e prevenir quedas. Doutor então me explique qual a diferença entre exercício e atividade física? O exercício é planejado, estruturado e realizado com um objetivo específico (fortalecimento muscular e melhora da capacidade cardiorrespiratória). Tem como foco a melhoria da aptidão física. Exemplos: musculação, caminhada rápida, natação, pilates, ioga. A atividade física envolve movimento corporal em tarefas do dia a dia, como caminhar, subir escadas, jardinagem e tarefas domésticas. Exemplos: varrer a casa, passear com o cachorro, brincar com os netos ou lavar o carro. O problema é que somos preguiçosos, mais uma maneira de integrarmos isso em nossas vidas é simples e aqui vão algumas dicas. Transforme a rotina em uma oportunidade de se movimentar. Por exemplo, ao varrer a casa, faça movimentos amplos que envolvam os braços e o tronco. Caminhadas curtas e frequentes como ir ao mercado ou a padaria ao invés de usar o carro, o que combina atividade física com um exercício leve. Alongamentos durante a televisão, faça pequenas séries de alongamento ou levante-se para caminhar dentro de casa. Levar o cachorro para passear pode ser uma excelente forma de integrar a atividade física de maneira prazerosa e atividades recreativas como dança, jardinagem e jogos que exijam movimentos corporais podem ser incluídos como forma de exercício e lazer. Doutor então qual é a mais importante? Atividade física é essencial no dia a dia para manter o corpo em movimento e evitar o sedentarismo. O exercício físico é necessário para alcançar benefícios específicos e duradouros na saúde física e mental. Portanto, ambos são importantes, mas o exercício físico regular tem um impacto mais significativo no combate às doenças relacionadas ao envelhecimento. Antes de iniciar qualquer rotina de exercícios físicos, especialmente na terceira idade, é fundamental buscar  orientação de um profissional de saúde ou educador físico. Essa orientação ajuda a garantir que a prática seja segura, adequada as condições físicas individuais e eficaz na promoção de saúde. Tenham todos uma boa semana.