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O quanto de mim no que faço
Queridos e amados leitores,
A escrita me acompanha muito antes
de saber escrever as palavras. É engraçado que na infância temos contato com
situações inusitadas que nos moldam e direcionam para aquilo que seremos um
dia, seja por opção ou força da vida.
Nesta semana fiquei deveras lisonjeada
com as palavras da Jornalista Elis Malfrandi aqui da Gazeta de Limeira, ela
soube captar com maestria aquilo que eu queria dizer. Sim, nasceu um livro
novo, o que muito me alegra diante do desejo que persigo de me tornar uma
escritora que agregue na vida das crianças e das pessoas a quem minhas palavras
tocam.
Relembro a fala de uma amiga ao me
questionar: “Gisele, um flash da sua história inspirou-a a escrever um livro,
mas o quanto este texto fala de você?” Já dizia Young que tudo aquilo que os
artistas criam são projeções de si mesmos, e eu diria ser mentira de todo
escritor ou poeta, que os livros escritos não falam um tanto de nós primeiro.
Isso me fez refletir sobre o
quanto há de mim no que faço, contrapondo a colocação acima. Como a face de um
espelho que se dobra e reflete aquilo que somos, o quanto há de nós nas nossas
ações, projetos, criações, filhos, trabalho? Essa pergunta te anima a realizar
e ser o que és, te frustra ou direciona com impulso para ir além das próprias
expectativas?
A vida, queridos, é um vai e vem
que passa sobre nossos olhos e se não ficarmos atentos, corremos o risco de
passar por ela sem sermos reais protagonistas da nossa história.
O desafio virá, os riscos virão,
das tristezas virão, não estaremos com as pessoas que amamos o tempo todo, e
temos todos que nos reinventar. Olhar para todas as situações com ânimo gera
uma força para sobressair às dificuldades. E de passo a passo, podemos vencer
tudo que nos sobressai de ruim. Isso não tem a ver com superar obstáculos
segundo o olhar alheio, mas fazer o que precisa ser feito, para quando se
deitar no travesseiro, ter a tranquilidade de não ser aterrorizados por nenhuma
névoa escura dos atos mal vividos.
Às vezes dedicamos energia e tempo
para situações que não serão vistas, não serão aplaudidas, mas a sensação do
dever cumprido transcende quaisquer atos feitos individualmente. E não podemos
nos prender a esperar aplausos dos outros, quem espera por reconhecimento,
tende a encontrar uma frustração incomensurável e corre o risco de perder-se de
si. O que é feito de forma genuína vai além e o universo devolve em alegrias
inesperadas pelo cotidiano. A experiência de não esperar nada unida à ideia de
celebrar muito o que acomete nas delicadezas do cotidiano, mostram que a vida
pode ser bonita.
Como eu dizia acima, um novo livro
foi publicado. “A menina que amava os pingos da chuva” é o meu terceiro livro
infantojuvenil publicado, após “Contos sem fadas” e o “Vestido da vovó”. O
enredo gira em torno de Cora, uma menina apaixonada pelos pingos da chuva. A
doce Cora amava a natureza, as árvores, as plantas e os animais. Porém, mais do
que tudo, a menina amava os pingos da chuva! Sempre que sentia o cheiro de
terra molhada e ouvia o barulhinho das gotas no telhado, seu coração se
alegrava. Ela corria de braços abertos para o quintal, pois tomaria banho de
chuva, os animais seriam saciados, cada gota infiltraria o solo alimentando
gotas e raízes e as águas seriam abundantes outra vez. Até que um dia vê os
pingos da chuva desaparecerem e vai trilhar sua jornada de descoberta para trazer
os pingos da chuva de volta.
Hoje percebo que há muito de mim
no que faço. Nem sempre há acertos, nem sempre há erros. Mas a descoberta de
que posso transcender os absurdos impostos por quem esperou por um momento algo
impossível, me permite ser e vivenciar o real, simples e necessário.
O que há em você, caro leitor, que
pode ser transformado em possível, se as expectativas alheias não conduzirem as
suas ações? Se permitir a si, um passo de cada vez, se sonhar com o que
realmente alegra e traz vida ao seu coração? Não permita nas distrações do
cotidiano, postergar tanto os seus desejos a ponto de nunca ser vivido. O
quanto colocamos de nós no que fazemos é a medida para ver se estamos ou não
vivendo bem.
Para quem tiver interesse em
adquirir o meu livro “A menina que amava os pingos da chuva”, me chama no insta
“Gisele C. Godoi” que darei coordenadas para adquiri-lo. E em breve estará nas
livrarias e plataformas por todo o Brasil.
Beijos de Luz!
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