Queridos leitores, o óbvio precisa ser lembrado já dizia uma amiga. O que estamos presenciando nas últimas semanas é algo incomum com relação a temperaturas elevadas em nossa cidade e no Brasil. Consequentemente isso tem um impacto preocupante em nossa saúde e principalmente dos idosos. Os idosos são mais vulneráveis ao calor devido à menor capacidade de regulação térmica e maior risco de desidratação. O corpo perde parte da capacidade de sentir variações extremas de temperatura. Isso pode levar os idosos a não perceberem que estão superaquecendo. O corpo do idoso tem menos água corporal e menor capacidade de reter líquidos, aumentando o risco de desidratação. A desidratação pode causar tontura, fraqueza e delírios, aumentando as chances de quedas e complicações graves até internações. Alguns pacientes exigem cuidados redobrados como doenças crônicas, portadores de hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca e uso de certos medicamentos como os diuréticos, podem agravar a desidratação. Beber água regularmente é essencial para manter a temperatura corporal equilibrada e evitar problemas como tontura, pressão baixa e até desmaios. Doutor qual a quantidade ideal de líquido eu devo ingerir? O consumo ideal é em média de dois litros de água por dia, podendo variar conforme o peso e a condição de saúde. Doutor eu não sinto sede, o que devo fazer? Alternativas para quem tem dificuldade em beber água é trocá-las por sucos naturais, água de coco e chás gelados sem cafeínas ou estabelecerem motas como deixar uma garrafa de dois litros cheia e ir bebendo durante o dia podem ser boas opções. Doutor e quando saber que estou desidratado? Os principais sintomas são, boca seca, urina escura e concentrada, cansaço excessivo, dor de cabeça, tontura e confusão mental. Fiquem atentos a pacientes portadores de demência nessas condições extremas de calor o quadro confusional tende a piorar bastante. Outra dica muito importante são os cuidados com exposição do sol. Para evitar problemas como insolação e queimaduras solares, vocês precisam evitar sair entre 10 e 16 horas, quando o sol está mais forte. Usar roupas leves é de cores claras, preferencialmente de algodão, que permitem melhor ventilação. Aplicar protetor solar número 30 ou mais, reaplicando a cada duas horas. Mantenham-se em locais ventilados ou climatizados, evitando exposição prolongada ao sol. Outra dica importante é manter a casa arejada e, se possível, usar ventiladores ou ar-condicionado. Faça refeições leves e evite alimentos muito quentes ou gordurosos. Tome banhos em temperaturas mais frias e com mais frequência, isso irá ajudar na regularização térmica do corpo e melhorar o mal-estar, se preferir utilize-se de cadeiras para poder ficar mais relaxado. Outro ponto que percebo é com relação a prática de exercício. Se você tem o hábito de caminhar procure fazer no período da manhã ou fim de tarde, sempre com chapéu ou boné. Recomendo exercícios na água, pois ajudam a manter a temperatura corporal. Fazer bicicleta ergométrica em ambientes climatizados. Esses exercícios auxiliam a manter atividade cardiovascular e articular sem exposição ao sol. Para quem mora sozinho, manter contato regular com familiares ou vizinhos pode ser importante em dias de calor intenso. O calor excessivo pode trazer riscos sérios à saúde dos idosos, mas medidas simples como hidratação adequada, proteção solar e evitar exposição nos horários mais quentes, podem fazer toda diferença. Cuidar da saúde nesse período é fundamental para manter o bem-estar e evitar complicações. Tenham todos uma boa semana.