Queridos leitores, a dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se tornou um problema crescente no Brasil e no mundo. O aumento expressivo de casos em diversas regiões do país reforça a necessidade de prevenção e conscientização. Nos primeiros meses de 2025, os números da Dengue dispararam em várias cidades, levando estados e municípios a declararem emergência em saúde pública. As causas desse aumento estão associadas a fatores como o clima quente e chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito, além da circulação de novos sorotipos do vírus, aumentando o risco de infecções graves. Doutor quais são os principais e sintomas, e complicações? Os principais sintomas da Dengue incluem febre alta, dor no corpo e articulações, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, a doença pode evoluir para a forma hemorrágica, causando sangramentos, queda da pressão arterial e risco de choque, que pode ser fatal. A prevenção está na conscientização de cada um. A única forma eficaz de evitar a Dengue é combater o mosquito transmissor. Algumas medidas fundamentais incluem. Eliminar recipientes que acumulam água parada, como vasos de plantas, pneus e caixas d’água destampadas. Aplicar telas em janelas e usar repelentes, especialmente em áreas de alta incidência. Manter calhas limpas e sem acúmulo de água. Não descartar lixo em terrenos baldios e manter garrafas viradas para baixo. Além disso, a vacina contra a Dengue está disponível em algumas localidades para grupos específicos. Informar-se sobre a disponibilidade na rede pública e privada pode ser uma alternativa de proteção. Doutor e o que eu faço em caso de suspeita? Se apresentar sintomas, procure atendimento médico imediatamente. A hidratação é essencial para evitar complicações, e a automedicação deve ser evitada, especialmente com anti-inflamatórios como o ácido acetilsalicílico (AAS), que podem aumentar o risco de sangramentos. A Dengue é um problema sério, mas com conscientização e medidas simples, podemos reduzir sua incidência e evitar mortes. Faça sua parte! Agora vou dar minha opinião sobre a vacina da Dengue para idosos pois existem algumas considerações importantes para dizer. Os estudos clínicos demonstraram que a vacina reduz significativamente o risco de Dengue sintomática e hospitalizações em diferentes faixas etárias, no entanto, a maioria dos estudos incluiu principalmente crianças e adultos jovens, então os dados sobre eficácia e segurança especificamente em idosos ainda são limitados. A resposta imunológica no idoso é reduzida. Com o envelhecimento, o sistema imunológico pode não responder tão bem às vacinas quanto em indivíduos mais jovens. Isso pode impactar a eficácia da “Qdenga” nos idosos. Já nas doenças pré-existentes os idosos frequentemente têm comorbidades (diabetes, hipertensão, problemas cardíacos) que podem influenciar a resposta à vacina. Outro fator importante a se considerar é o histórico de exposição ao vírus. A vacina é mais indicada para quem já teve Dengue antes, pois reduz o risco de formas graves da doença. Para quem nunca teve contato com o vírus, o risco-benefício ainda é debatido. A “Qdenga” foi aprovada para pessoas entre 4 e 60 anos no Brasil. Portanto, oficialmente, não está indicada para idosos acima de 60 anos. Para idosos, a melhor forma de prevenção ainda é evitar a picada do mosquito, com medidas como uso de repelentes, telas, roupas adequadas e eliminação de focos de Aedes aegypti. Se houver novas evidências científicas sobre a eficácia da vacina em idosos, as recomendações podem mudar. Mas, por enquanto, a imunização nesse grupo ainda não é liberada. Tenham todos uma boa semana.