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Setembro Amarelo: Psiquiatra alerta para sinais que podem salvar vidas

O Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, chama atenção para a necessidade de quebrar tabus, reconhecer sinais de alerta e oferecer apoio a quem enfrenta sofrimento emocional. A campanha tem como marco o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo, sendo esta a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, os números também preocupam: são cerca de 12 mil mortes anuais, o que equivale a 35 por dia, segundo o Ministério da Saúde.

 

Para o psiquiatra Dr. Guido Boabaid May, com mais de 30 anos de experiência clínica, a prevenção passa por três pilares: diagnóstico precoce, acolhimento e tratamento eficiente. “O mais importante é o diagnóstico precoce, tanto por parte do médico, inclusive de outras especialidades, e não apenas dos psiquiatras, porque somente 25% dos antidepressivos prescritos no Brasil são feitos por psiquiatras, o restante por médicos de outras áreas. É fundamental que todos estejam preparados para identificar quadros de depressão, transtorno de ansiedade, transtorno bipolar, abuso de substâncias e de álcool, que estão entre as principais causas do suicídio. O diagnóstico precoce possibilita o tratamento precoce”, explica.

 

Mudanças bruscas de comportamento, isolamento social, alterações no sono, frases de desesperança ou de desvalorização da vida estão entre os indícios mais comuns. “É importante que as pessoas também tenham informação para identificar quando entes queridos, amigos, familiares, funcionários ou alunos estejam com sintomas de depressão ou de outros transtornos mentais. Assim, é possível reconhecer, conversar com a pessoa e orientá-la a buscar ajuda profissional”, orienta. “Esse é um passo fundamental na prevenção do suicídio. As pessoas se matam porque estão doentes e, muitas vezes, porque não estão em tratamento ou, quando estão, os tratamentos não têm sido eficazes”, completa.

 

Segundo o Dr. Guido, além de identificar cedo, é essencial que o tratamento seja eficiente. Uma maneira de aumentar a eficiência dos tratamentos de uma forma segura e embasada cientificamente com estudos robustos, é guiar os tratamentos para depressão, esquizofrenia, transtorno mental e abuso de substância de álcool, com o teste farmacogenético. “O teste contribui indiretamente para a redução do suicídio. O primeiro passo é identificar e o segundo é tratar de forma eficaz”, destaca o especialista.

No Brasil, o Setembro Amarelo é promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), reforçando que a prevenção é possível e que falar sobre saúde mental salva vidas.

 

Sobre Guido Boabaid May

Guido Boabaid May é médico psiquiatra, fundador e CEO da GnTech, empresa de biotecnologia pioneira e líder em farmacogenética no Brasil. Médico do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, formado pela UFSC, com especialização em Psiquiatria pela UFRGS, Guido é referência em saúde mental para executivos de alta performance, Medicina de Precisão e bem-estar sustentável.

 

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