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Um novo caminho contra o Alzheimer: ensinar neurônios a produzirem seu próprio remédio

Você já imaginou se o próprio cérebro pudesse fabricar o "remédio" que ele precisa para se proteger ? Pois é exatamente nessa direção que a ciência começa a caminhar. Pesquisadores do mundo todo estão buscando maneiras de ensinar os neurônios – as células que fazem a gente pensar, lembrar e aprender – a ativarem mecanismos de defesa e reparo contra os estragos causados pelo Alzheimer. Parece coisa de filme de ficção científica, mas já é realidade em laboratórios ao redor do mundo.

Hoje sabemos que o Alzheimer acontece, entre outras coisas, porque o cérebro vai acumulando placas tóxicas e perdendo a capacidade de se limpar. É como se a casa fosse enchendo de entulho e , sem faxina, tudo ficasse de pernas pro ar. O resultado? A memória falha, o raciocínio trava e a pessoa perde sua autonomia.

 

Como isso funcionaria?

Pesquisas recentes mostram que os neurônios podem ser estimulados a limpar seus próprios "lixos" internos – proteínas que se acumulam e intoxicam o cérebro.
Outras estratégias buscam proteger as células de defesa do cérebro, chamadas micróglia, para que elas consigam combater as placas que atrapalham a memória.
Há também estudos em que cientistas criaram neurônios artificiais em chips, capazes de substituir partes danificadas do cérebro, como se fossem peças de reposição.
Tudo isso ainda está em fase de pesquisa, mas abre uma esperança enorme: a de que no futuro os tratamentos não sejam apenas comprimidos ou injeções, mas sim uma forma de ensinar o cérebro a cuidar de si mesmo.

Para quem tem um familiar com Alzheimer, ou teme desenvolver a doença, é importante saber que a ciência não para. Hoje já se fala em transformar os neurônios em verdadeiros aliados, capazes de produzir seus próprios mecanismos de proteção. É como se o cérebro aprendesse a fabricar, dentro de casa, o remédio que precisa.

Enquanto isso, vale lembrar: cuidar do corpo e da mente continua sendo a melhor prevenção. Atividades de estimulalçao cognitiva , aprender coisas novas, atividades que desafiem o cérebro – como leitura, jogos , conversas ,caminhadas, boa alimentação, sono de qualidade– são atitudes simples que ajudam a manter nossos neurônios ativos até que essas novas terapias cheguem para valer.

 

 Érica Sofia Massaro Lang  – Neuropsicopedagoga e Gerontóloga

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