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Fiocruz conclui sequenciamento genético da varíola dos macacos

A Fundação Fiocruz por meio de sua rede Genômica, concluiu o sequenciamento genético do vírus após coletar uma amostra no Rio de Janeiro. O Brasil já confirmou 37 casos da doença, sendo 28 em São Paulo e os demais registros no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

De acordo com a Agência da Fiocruz, sua Rede Genômica fez uma análise metagenômica, com o uso da tecnologia Illumina. A amostra foi retirada de um paciente que foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio. A técnica permite o detalhamento do DNA do patógeno, contribuindo para um melhor entendimento do atual surto – que já ultrapassa 4,7 mil casos pelo mundo, segundo dados reunidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC/EUA).

O vírus é considerado uma zoonose viral (transmitido aos seres humanos através de animais) e os primeiros sintomas geralmente levam de 6 a 13 dias, podendo ter variações de 5 a 21 dias. Por meio da análise por metagenômica, utilizando a tecnologia Illumina, foi possível constatar que o vírus pertence ao clado B.1. Este é o grupo genético com a maior circulação atualmente e responsável pelo surto que já atingiu mais de 40 países.

Atualmente, segundo pesquisas da OMS (Organização Mundial da Saúde), a maioria dos animais que são suscetíveis a esse tipo de varíola são roedores como: ratos e cão-da-pradaria. “A transmissão da doença ocorre por meio de contato próximo como: lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. Assim, a transmissão do vírus ocorre entre pessoas com contato físico. Qualquer contato próximo com pessoas infectadas deve ser evitado, Luvas, roupas e equipamento para proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes”, explica a Fundação.

No último dia 15, o Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz foi nomeado como referência nacional para monkeypox e promoveu treinamento em detecção do MPXV para sete países da América Latina (Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) afim de prepara a região para um possível surto da doença.  O Laboratório se dedica ao estudo da poliomielite e de meningites virais, tendo desempenhado um papel importante no estudo de diversos surtos de poli e no preparo dos primeiros lotes da vacina contra a doença no Brasil.

 

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