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Eventos destacam a importância dos acadêmicos indígenas

Segundo dados divulgados pela Unicamp, atualmente, 75 mil estudantes indígenas frequentam o ensino superior do país. Nesta terça-feira (9) celebra-se o Dia Internacional dos Povos Indígenas e a data tem como objetivo mostrar como o conhecimento e o olhar dos povos vêm transformando o que entendemos por ciência. Prova disso, foi o sucesso da última edição do Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI), realizado na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Organizado pelos próprios acadêmicos indígenas, a nona edição do reuniu cerca de dois mil universitários, pesquisadores, profissionais e lideranças na discussão de temas fundamentais para todos os brasileiros. O encontro foi aberto com danças e rituais indígenas, além de manifestações contra a violência aos povos indígenas e pelo direito à terra dos povos originários.

No evento, mais de cem pesquisas foram apresentadas pelos estudantes de graduação, mestrado e doutorado de diferentes etnias e partes do país, demonstrando a importância desses acadêmicos para a sociedade. O ENEI ainda reivindica outras formas de pensar e agir em relação a problemas que afetam não só os povos originários, mas o mundo contemporâneo.

“Quando a gente que vive nas nossas coletividades, onde nossa a cultura é diversificada, mas pautada na oralidade – aprende a escrever o código do não indígena e consegue levar essa melhoria e esse projeto para nossas aldeias, é uma conquista muito grande. E a gente tem que expor isso: que o indígena consegue pesquisar tão bem quanto qualquer outro estudante ou pesquisador”, disse Alves Munduruku, mestranda da Faculdade de Educação da Unicamp e integrante da comissão científica do ENEI.

EVENTO

Além do ENEI, que foi realizado na última semana de julho, mais um evento acontece em celebração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas. O Museu Índia Vanuíre, em Tupã (SP), instituição do Governo do Estado e gerida pela ACAM Portinari, realiza a edição da “Semana Tupã”. O evento vai trazer representantes dos povos Kaingang, Krenak, Terena e Guarani Nhandewa, das Terras Indígenas Vanuíre, Icatu e Araribá, para uma programação especial.

Hoje, das 9h às 11h, o indígena Elizeu Caetano ministra palestra baseada na história da resistência da sua etnia, abordando as lutas para a manutenção e fortalecimento da cultura Guarani Nhandewa. No período da tarde, das 14h às 16h, será a vez do indígena Joel Henrique interagir com o público e compartilhar ensinamentos tradicionais do povo Terena, passados de geração em geração. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo site: www.museuindiavanuire.org.br ou pelo telefone (14) 3491-2202.

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