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Depressão: a hora de superar as barreiras e fazer o tratamento

A depressão comumente está na escola, no ambiente de trabalho e na família. Porém, ainda há barreiras quanto à doença, que começam no próprio diagnóstico e passam pelo tratamento.

A avaliação é da psicóloga do Hapvida NotreDame Intermédica, Débora Silva. O preconceito chama a atenção, pois a estimativa é que mais de 300 milhões de pessoas sofrem com depressão ao redor do mundo.

Esse contingente, se fosse uma nação, somaria a quarta maior população do mundo. No ranking populacional, estaria logo atrás dos Estados Unidos – que tem 330 milhões de habitantes.

Bloqueio em pedir ajuda

Profissionais apontam que o estigma relacionado ao transtorno mental é um dos maiores obstáculos no tratamento. O medo de ser rotulado impede o paciente de procurar ajuda. Situações como essas geralmente agravam ainda mais o quadro clínico do paciente.

O cenário no Brasil apresenta avanços recentes, mas ainda cercado de barreiras. "Durante a pandemia, os brasileiros perceberam a necessidade de entender o que é saúde mental. Neste sentido, parecem mais atentos acerca de quais sintomas podem sinalizar uma redução na capacidade de enfrentamento adaptativo frente ao estresse do cotidiano. Porém, o estigma em torno dos transtornos mentais ainda continua", afirma a psicóloga Débora Silva.

Este estigma dificulta o diagnóstico. "Muitas pessoas têm certo bloqueio em pedir ajuda, seja por acreditarem que não conseguiriam ser ajudadas ou por avaliarem transtornos, da depressão, por exemplo, como fraqueza individual, incompetência ou falta de fé", relata Débora.

 

Sintomas e tratamento

A psicóloga aponta alguns sintomas que podem ser indicativos de depressão, como: alteração de peso e de libido; distúrbio de sono e de humor; fadiga ou perda de energia constante; sentimento de culpa e inutilidade; e dificuldade de concentração e ideias suicidas.

Eles podem ocorrer de forma leve ou mais intensa, por períodos superiores a duas semanas. Também há situações em que o paciente apresenta mais de um indicativo.

As pessoas devem estar atentas a esses sintomas. Porém, em parte dos casos, a observação junto ao ambiente familiar, de trabalho ou na faculdade e escola se mostra importante para eventuais identificações junto a amigos, colegas e parentes.

A depressão é uma doença de causalidade multifatorial que exige acompanhamento médico. O tratamento é feito em conjunto pelo psicólogo e psiquiatra. Em muitos dos casos, é indicado o uso de medicamentos psiquiátricos, como antidepressivos e estabilizadores de humor.

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