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Moraes fala sobre relatório das urnas: “assunto encerrado”

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu por encerrada a fiscalização do Ministério da Defesa no sistema eletrônico de votação. Ele indicou que o relatório apresentado pelos militares não terá desdobramento e o resultado da eleição será respeitado. Questionado por jornalistas sobre as providências que adotaria a partir do pedido das Forças Armadas de instauração de investigação urgente sobre as urnas, Moraes afirmou: "esse assunto já se encerrou faz tempo".

Logo após a divulgação do relatório das Forças Armadas na noite de quarta-feira, Moraes emitiu uma nota em que agradece o envio do documento destacando que o trabalho dos militares não aponta qualquer fraude ocorrida na eleição. Ontem, o Ministério da Defesa divulgou uma segunda nota dizendo que a fiscalização realizada "não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022".

"Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras", diz a nota.

Para o TSE, no entanto, como não foi encontrada nenhuma irregularidade e o mesmo relatório aponta que votos registros em boletins impresso pelas urnas coincidiram com os votos totalizados, não se fala em questionamento do resultado.

A nota da Defesa foi divulgada após uma onda de reações negativas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Usuários do Twitter disseram ter se sentido traídos pelas Forças Armadas por causa do resultado da fiscalização e da contagem paralela de votos.

Os militares fizeram diversas investidas na Justiça Eleitoral para que pudessem realizar a contagem paralela e instituir um teste de segurança das urnas com uso das digitais dos eleitores, como forma de evitar possíveis fraudes ou a instalação de um "código malicioso" nos dispositivos que teria a capacidade de alterar o resultado das eleições.

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