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O alerta para as doenças prevalentes entre os idosos

A expectativa de vida é cada vez maior no Brasil. Porém, o debate sobre esse avanço passa pela qualidade com que se dá a longevidade maior.

Estudos mostram que quatro a cada cinco pessoas na chamada "Terceira Idade" apresentam pelo menos uma doença crônica. O médico geriatra do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Dr. André Luiz Fioravante, chama a atenção para as doenças neurodegenerativas e as insuficiências, entre as ocorrências mais comuns em pessoas acima dos 60 anos de idade.

Formado pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, da USP, e especialista pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o Dr. André recomenda antecipar a busca de um profissional da Medicina, no caso de surgimento de sintomas. Estudos mostram que a prevenção hoje reduz os efeitos dessas doenças no futuro.

"A prevalência das doenças, principalmente as neurodegenerativas e as insuficiências, se amplia conforme o aumento da idade. Há a degeneração do funcionamento cerebral em suas diferentes habilidades, como a perda de memória. A doença de Parkinson também é mais comum na população idosa do que no jovem", relata.

Outro olhar deve ser dado aos sintomas da insuficiência dos órgãos. "Com o avanço da idade, esses órgãos estão trabalhando por mais tempo, ou então eles foram expostos a um fator de risco. Isso surge, por exemplo, na insuficiência dos rins ou do coração. O enfisema sinaliza uma insuficiência do pulmão", explica.

"Gatilhos" na saúde

O geriatra pede atenção ao que ele chama de "gatilhos". "Se você tem um fator de risco que está se acumulando ao longo do tempo, é importante prevenir para que isso não leve a uma disfunção mais grave no futuro", recomenda. "Se você é hipertenso há 10 ou 20 anos, a chance de uma complicação futura da hipertensão é muito grande, se não for feito o tratamento adequado", exemplifica.

O surgimento de dores entra no rol das sinalizações típicas de alteração. "É o corpo avisando que tem algo que o médico precisa investigar", afirma o Dr. André.

Para o geriatra, a prática da prevenção deve passar distante de qualquer temor pelo paciente. A medicina amplia sistematicamente o conhecimento sobre as doenças do envelhecimento, gerando tratamentos mais efetivos na idade geriátrica.

Tradicionalmente, as pessoas buscam um geriatra a partir dos 60 anos de idade. Mas, pelas diferentes atuações principalmente em prevenção em saúde, geriatras recomendam avaliações já a partir dos 45 anos.

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