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Anvisa aprova medicamento para controle de Diabetes Tipo 2

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o primeiro medicamento injetável de uso semanal para sobrepeso e obesidade. O fármaco semaglutida, de 2,4 mg, é um composto que ajuda na redução da glicemia, e tem como “efeito colateral” a perda de peso. O novo medicamento chama-se Wegovy, da farmacêutica Novo Nordisk, que tinha autorização no país apenas para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 e na dosagem de 1 mg.

Segundo a empresa farmacêutica, os testes apontaram que o medicamento foi capaz de reduzir o peso corporal em até 17% em 68 semanas. O tratamento é realizado por aplicações semanais de injeções com o composto, que ajudou na redução de 20% do peso corporal de uma em cada três pessoas. Ainda segundo o estudo, 83,5% dos pacientes apresentaram queda no peso igual ou superior a 5%. 

 Segundo os dados do Atlas do Diabetes da IDF (em português, Federação Internacional de Diabetes), o Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos, entre 20 e 79 anos. Os brasileiros perdem apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da entidade é de que a incidência da doença em 2030 chegue a 21,5 milhões de pessoas, cerca de 30% da população.

Para o médico José Afonso Sallet, a Semaglutina é um medicamento seguro, que oferece bons resultados no controle do diabetes tipo 2. “A medicação está aprovada pela agência reguladora americana (FDA) desde 2021 e, agora no Brasil, oferece mais uma possibilidade de tratamento para pacientes que sofrem de obesidade e problemas de saúde relacionados ao excesso de peso”.

O medicamento não está disponível para compra e ainda não há uma data prevista para que o Wegovy chegue ao mercado brasileiro e nem quanto custará. O tratamento da obesidade envolve múltiplas especialidades, como nutrição, endocrinologia, psicologia, psiquiatria, cirurgia e preparação física. “Qualquer tratamento deve ser acompanhado por uma equipe médica transdisciplinar. O uso de qualquer substância farmacológica sem necessidade pode oferecer efeitos adversos e prejudiciais à saúde”, completa.

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