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Maioria da população desconhece as mudanças do Novo Ensino Médio

A pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI) traz a percepção sobre a educação no Brasil. Em uma das etapas o tema foi o novo ensino médio que começou a ser implementado nas escolas públicas e privadas do país, no ano passado. Segundo as entrevistas, 55% da população estão pouco ou nada informados sobre o modelo e apenas 15% estão informados ou muito informados.

Apesar do índice e mesmo desconhecendo as mudanças, a pesquisa apontou que mais de 70% dos brasileiros aprovam as principais diretrizes, incluindo a escolha dos itinerários e novo modelo de currículo. A possibilidade de o estudante fazer um curso técnico é aprovada por 9 em cada 10 pessoas.

“A percepção da maior parte dos brasileiros converge com todas as avaliações do ensino médio. Temos um ensino de baixa qualidade, com altos índices de evasão e distorção idade série, que não engaja nem dialoga com os anseios da juventude e os desafios do século XXI. Mesmo pouco informada sobre a reforma do ensino médio, a sociedade concorda que as mudanças são necessárias”, observa o diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi.

A última etapa da formação básica deve preparar os jovens para o início da trajetória profissional. Mas, para a maioria dos brasileiros, isso não tem acontecido: 57% acreditam que os estudantes concluem a educação básica pouco ou nada preparados para o ensino superior. Só 1 em cada 10 (13%) acha que o aluno sai bem preparado.

Quando a pergunta é se o ensino médio prepara para o mercado de trabalho, o índice se repete: 57% acham que prepara pouco ou nada, sendo que, entre os entrevistados com ensino superior, o percentual aumenta para 71%. Só 14% dos brasileiros - 4% de quem tem nível superior - avaliam que o estudante termina o 3º ano preparado para ingressar no mundo do trabalho.

O que muda com o Novo Ensino Médio?

Entre as principais mudanças do Novo Ensino Médio estão o aumento da carga horária dos estudantes, a adoção de uma base comum curricular e a escolha dos itinerários formativos por parte do aluno. O Novo ensino médio entrou em vigor no ano passado para os alunos do primeiro ano e até 2024 estará em todas as turmas do país. A mudança vai aumentar a carga horária total ao longo dos três anos que vai passar de 2.400 horas para 3 mil horas. Das 3 mil horas, 1.800 horas serão destinadas para as disciplinas obrigatórias da base Nacional Comum Curricular e 1.200 horas para os itinerários formativos.

Cada escola pode oferecer pelo menos uma opção complementar a formação dos alunos são elas: Linguagens e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias ciências; Humanas e sociais aplicadas e Formação técnica e profissional.

São cinco itinerários que a escola pode ofertar – entre eles, o de formação técnica e profissional – e os alunos escolherão qual cursar de acordo com as áreas de seu interesse e projetos de vida e de carreira. Escolas de ensino médio de todo o Brasil enfrentarão o desafio de implementar as novas diretrizes curriculares nacionais. A adaptação das escolas começou em 2018 e vem sendo realizada de forma gradativa.

 

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