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Estado de SP registra aumento de casos de meningite

Entre janeiro e junho deste ano, a Secretaria de Saúde de São Paulo, registrou 2.303 casos de meningite. Na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram confirmadas 1.869 pessoas acometidas pela doença, o aumento foi de 23%. Nestes primeiros seis meses de 2023 foram registradas 155 mortes em decorrência da doença.

 

O neurologista Felipe da Graça e a infectologista Vera Rufeisen explicam que a meningite é uma inflamação das meninges, que são estruturas que protegem e recobrem o cérebro, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. "Os dois tipos principais são os virais e os bacterianos, mas também existem aqueles transmitidos por protozoários, fungos, microbactérias, medicamentos, doenças autoimunes, dentre outros". A letalidade, porém, está ligada às bacterianas.

 

De acordo com Vera Rufeisen, as meningites virais habitualmente apresentam quadros mais leves, autolimitados, e que não necessitam terapêutica específica, exceto as causadas pelo vírus da herpes, que demandam tratamento diferenciado. Já as bacterianas meningocócicas (tipo B e C) e pneumocócicas, causadas pelo Haemophylus influenzae, geram quadros mais graves, que requerem imediato diagnóstico e terapia antimicrobia na apropriada. Por vezes, pode ser fatal ou deixar sequelas, tais como perda da audição e visão, problemas com memória, concentração, coordenação motora, equilíbrio, aprendizado e fala, epilepsia e paralisia cerebral.

 

"O tipo de maior incidência, neste momento epidemiológico, é o Meningococo tipo C, transmitido por contato próximo direto entre as pessoas, a menos de um metro de distância", alerta Vera. "A febre alta e a dor de cabeça já são motivos suficientes para que a pessoa procure atendimento médico, pois o diagnóstico precoce pode evitar complicações e morte pela doença. Pais, mães e responsáveis por bebês precisam ficar atentos a irritação, falta de apetite e de resposta a estímulos, a moleira protuberante e reflexos anormais", adiciona.

 

LIMEIRA

 

Em Limeira, a Secretaria de Saúde reforçou ontem que a vacinação contra meningite meningocócica (sorogrupos A, C, W e Y) de adolescentes de 13 e 14 anos continuará disponível no município até dezembro deste ano. A vacina utilizada é a chamada Meningocócica ACWY (conjugada). A orientação é do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde.

 

A vacinação está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h, nas Unidades Básicas de Saúde Abílio Pedro, Aeroporto, Campo Belo, Cecap, Morro Azul, Dores 1, Dores 2, Nova Europa, Nova Limeira, Nova Suíça, Novo Horizonte, Planalto, Hipólito 1, Tatu, Vista Alegre e Graminha, além do Ambulatório de Especialidades do Rubi. É necessário apresentar documento com foto, Carteira de Vacinação e Cartão SUS.

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