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Cesta Básica: salário mínimo é 4 vezes menor que o ideal

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Para bancar custo das despesas com alimentação, salário deveria ser de R$ 6.996,36



O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realizou uma pesquisa abrangente sobre o custo da cesta básica em 17 capitais do Brasil, constatando que, entre janeiro e fevereiro de 2024, o valor aumentou em 14 dessas cidades. O Rio de Janeiro registrou a maior alta com R$ 832,80. Em São Paulo, o custo da cesta básica foi o segundo mais alto entre as capitais, alcançando R$ 808,38.

No mês passado, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.996,36 ou 4,95 vezes o mínimo reajustado para R$ 1.412,00. Em janeiro, o valor necessário era de R$ 6.723,41, e correspondeu a 4,76 2 vezes o piso mínimo. Em fevereiro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.547,58 ou 5,03 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.302,00.

Com base na cesta mais cara e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Entre janeiro e fevereiro de 2024, 11 dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios: feijão carioquinha (7,68%), batata (6,45%), arroz agulhinha (3,58%), banana (3,40%), leite integral (2,91%), carne bovina de primeira (1,30%), óleo de soja (1,23%), café em pó (1,18%), açúcar refinado (0,66%), manteiga 5 (0,37%) e pão francês (0,17%). Os valores de outros dois bens apresentaram diminuição: farinha de trigo (-1,62%) e tomate (-0,61%).

O trabalhador remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 125 horas e 57 minutos para adquirir a cesta básica, tempo maior do que em janeiro, quando precisou de 123 horas e 37 minutos. Em fevereiro de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.302,00, foram necessárias 131 horas e 41 minutos. Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em fevereiro de 2024, 61,89% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em janeiro, o percentual gasto foi de 60,74%. Já em fevereiro de 2023, o trabalhador comprometia 64,71% da renda líquida para comprar a cesta.

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