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Mesmo com liminar, greve segue mantida em Limeira

O Tribunal de Justiça (TJ) concedeu tutela antecipada (medida liminar) determinando que 70% dos servidores municipais de Limeira permaneçam trabalhando para garantir a manutenção dos serviços públicos.A decisão atende pedido ajuizado em ação movida pela Prefeitura contra o Sindicato dos Servidores Municipais de Limeira (Sindsel) e a Apeoesp. Caso a liminar não seja cumprida, a entidade terá que pagar multa diária de R$ 10 mil.O Sindsel informou ontem que a greve segue mantida à espera de um acordo justo entre os servidores e a Prefeitura.

Ontem, no segundo dia de paralisação dos servidores público municipais, os grevistas aprovaram a manutenção da greve.Durante o ato, servidores e apoiadores utilizaram o carro de som para protestar contra a precarização da estrutura do serviço público municipal que a atual Gestão, liderada por Mario Botion (prefeito) e Erica Tank (vice-prefeita) deixaram como legado. Entre as falas populares foi marcante o pedido de apelo a atual vice-prefeita, que lançou sua pré-candidatura a prefeita no final de semana, que viesse até o carro de som e dialogasse com os servidores, mas não foram atendidos.

O Sindsel informa que o carro-chefe da greve está sendo os servidores da Educação, “secretaria esta que tem os maiores pontos de pautas protocolados durantes os oito anos deste governo, que tem deixado a cada dia intensificar as dificuldades nos locais de trabalho”. O sindicato também reforça que demais servidores de outras secretarias também estão presentes, como mobilidade, saúde, comunicação, habitação e Ceprosom, porém “ainda se faz necessário aumentar o número de servidores destas secretárias e das demais, como segurança pública e o paço municipal, que mais uma vez estão ficando sem vale alimentação, única cidade da região com valor rebaixado que não destina este benefício a todos servidores, também sendo o valor menor pago”.

“Na greve do ano passado já foi conquistado o reajuste geral salarial, porém as pautas específicas de cada segmento e secretaria têm que ser atendidas para que esse movimento possa se encerrar. Assim como em outros governos já aconteceu em transição, a atual gestão pode deixar assinado um plano de valorização dos servidores garantindo as principais pautas da categoria, porém é nítido que não é a prioridade deste governo. É lamentável, pois são nós trabalhadores junto com a população que sentimos na pele as consequencias deste descaso dos agentes políticos” diz Nicinha Lopes, presidente do Sindsel.

O Sindsel afirmou que para hoje será chamado as comissões da Câmara Municipal para estarem presentes na greve, escutando os servidores e tentando mediar com este governo engessado. “A desculpa de falta de recurso é inaceitável, pois Botion defendeu e a própria Câmara atual votou 85% de reajuste para salários de vereadores, prefeitos e todos secretários para 2025. Incharam a folha para suas benesses e querem deixar a sobrecarga de trabalho para servidores de carreira com péssimas condições estruturais. Se faz urgente novas contratações via concurso para diversos setores”, disse o sindicato.

O Sindsel volta a convocar a categoria a aderir à greve. “Só com mobilização e unidade será possível conquistar qualquer avanço nesse governo. A falta de interesse em atender as demandas dos servidores deixando uma greve acontecer demonstra a falta de respeito para com a população. Informamos aos pais que as escolas que tiverem trabalhadores e estiver dispensando alunos, estes alunos têm direto à reposição e não compactuamos com essa atitude. A greve se faz na rua, junto com toda a categoria”, finalizou.

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