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Repelente da Unicamp poderá atender gestantes e crianças

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Produto apresenta baixa toxicidade e está em fase de testes. A previsão é chegar ao mercado até o fim deste ano



O estado decretou emergência devido à crescente incidência de dengue. O uso de repelentes de insetos aumentou nas últimas semanas emergindo como uma medida individual crucial para conter a propagação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença. Nesse contexto, a S Cosméticos do Bem apresenta um repelente inovador atualmente em desenvolvimento, prometendo integrar-se de maneira otimizada aos esforços de combate à dengue, assim que aprovado.

A empresa-filha da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e graduada pela Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), tem buscado formas de oferecer proteção ampliada, inclusive para públicos sensíveis a esse tipo de produto. Em fase de testes, o repelente obtido a partir da planta Artemisiaannua e com tecnologia da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp licenciada pela empresa passou recentemente por aprimoramento baseado em nanotecnologia, processo pensado para ampliar sua durabilidade e eficácia.

Além da baixa toxicidade, estimada em números cinco vezes menor do que o componente menos tóxico do mercado, podendo ser usado por gestantes e crianças, a loção contará com propriedade hidratante. Soraya El Khatib, fundadora da empresa e ex-aluna da Unicamp, estima que o produto seja disponibilizado em breve:
"A nossa expectativa é que o repelente esteja no mercado ainda este ano e que possa começar a entregar segurança, saúde, bem-estar e prevenção, principalmente contra dengue, zika vírus e chikungunya, em populações especiais como crianças e gestantes", comenta a CEO.

GESTANTES

O aumento significativo de casos acende o alerta para as gestantes. De acordo com a Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), mulheres grávidas têm um risco de morte quatro vezes maior. Também há três vezes mais chances de morte do feto ou do bebê.

Daniella Closer D'Amico, ginecologista e obstetra explica que a fisiopatologia da doença é a mesma que na pessoa não grávida. "O que acontece é que a dengue afeta diretamente a cadeia plaquetária, favorecendo quadros hemorrágicos. As gestantes já passam naturalmente por alterações significativas em todo o organismo, que fica ainda mais sensível a essas alterações", destaca a especialista.

A doença pode afetar tanto a gestante, quanto o feto. "Nos primeiros meses há um risco maior de aborto espontâneo. Já no fim da gestação, há algumas complicações como descolamento de placenta e parto prematuro do bebê, com todas as complicações relacionadas, como baixo peso e problemas de desenvolvimento", explica Dra. Daniella.

Além de eliminar potenciais criadouros do mosquito em casa e nos arredores, é preciso reforçar a proteção individual, com o uso de repelentes. "Em caso de sintomas ou suspeita, a orientação é agir imediatamente. Procure um pronto-socorro de confiança e siga as orientações do seu obstetra. Em hipótese alguma use medicamentos por conta própria, pois alguns tipos aumentam os riscos de hemorragias", alerta.

Legenda: Produto é desenvolvido pela S Cosméticos do Bem, empresa-filha da Unicamp

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