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Mulheres e meio ambiente: desafios no setor sustentável

A presença feminina no setor ambiental tem ganhado espaço, mas a desigualdade de gênero ainda é uma realidade, especialmente em cargos de liderança e tomada de decisão. Segundo a ONU Mulheres, apesar de estarem à frente de importantes movimentos ambientais e de ação climática, as mulheres ocupam apenas 16% dos cargos de liderança em organizações ambientais. Enquanto isso, os homens seguem dominando 67% das posições estratégicas ligadas ao clima.

 

Para jovens profissionais da área ambiental, a educação é a chave para mudar esse cenário. É o que defendem Letícia Mariano, 25 anos, e Júlia Navarro, 24, estudantes de pós-graduação em Gestão Ambiental no Senac. Ambas enxergam no conhecimento um caminho para ampliar as oportunidades e diminuir a predominância masculina em setores estratégicos, como consultoria e gestão ambiental.

 

Letícia Mariano sempre quis atuar na área ambiental e hoje trabalha com educação ambiental em uma horta urbana de São Paulo, ligada à Prefeitura. Lá, ensina crianças sobre alimentação saudável e cultivo de plantas, ajudando a despertar o interesse dos pequenos pela sustentabilidade. Para ela, o curso no Senac foi essencial para aprofundar conhecimentos sobre legislação e gestão ambiental, permitindo desenvolver projetos mais estruturados.

 

“A equidade de gênero não é só uma questão de justiça, mas de inteligência estratégica no setor ambiental. A diversidade gera inovação e soluções mais sustentáveis. As mulheres estão cada vez mais qualificadas e trazendo novos olhares para o setor”, afirma Letícia.

 

Já Júlia Navarro iniciou sua carreira como estagiária na área de botânica e hoje trabalha na Cetesb, no departamento de áreas contaminadas. De família de baixa renda, enfrentou desafios desde cedo e viu na educação a chance de construir uma trajetória sólida. Seu primeiro estágio foi em um viveiro no Parque Ibirapuera, e foi a pós-graduação que a ajudou a conseguir uma vaga na Cetesb.

 

“Vejo avanços, no curso do Senac, por exemplo, há predominância de mulheres, e na Cetesb também há muitas profissionais. Mas ainda não chegamos aos cargos de liderança. Esse cenário só vai mudar com educação e oportunidades”, avalia Júlia.

 

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