Brasil
Agência Estado
19/05/2025

Cybershot voltou entre os jovens, mas escolher uma câmera usada exige cuidados
Em meio à volta da estética dos anos 2000, as câmeras digitais, como a Cybershot, da Sony, reapareceram nas mãos de jovens que buscam um visual retrô nas fotos. Claro, a comercialização desses gadgets conta quase exclusivamente com aparelhos usados e sem garantia, o que aumenta as chances de problemas. Assim, é preciso ficar ligado em alguns itens na hora de arrematar a Cybershot dos sonhos.
Quem decide comprar uma câmera digital usada encontra desafios que não aparecem em produtos novos: são modelos antigos, fora de linha, e que dependem de acessórios específicos e, muitas vezes, difíceis de encontrar. A depender do modelo, pode haver problemas para transferir as fotos, carregar a câmera ou mesmo encontrar um cartão de memória compatível.
Veja o que deve ser analisado ao comprar um desses aparelhos:
Verifique a compatibilidade dos cabos
O primeiro ponto a observar antes de adquirir uma Cybershot usada é o tipo de cabo que acompanha o equipamento. Como os modelos mais populares datam de quase 20 anos atrás, muitos deles ainda utilizam entradas USB antigas, que não conversam bem com os padrões atuais.
"É importante conferir se a câmera vem com todas as partes necessárias para conectá-la a outros dispositivos, já que esses modelos geralmente não têm conexões sem fio e dependem de cabos - muitas vezes com entradas USB antigas", afirma Eduardo Pellanda, professor da PUC-RS.
Ele acrescenta que "normalmente, essas câmeras usavam uma variação do USB-A, que é aquele maior, e também um USB menor, que era uma variação dele, e que muitas vezes pode não ser compatível. Então, é importante dar uma olhada se o cabo que vem com a câmera é compatível". Para quem usa notebooks mais recentes, pode ser necessário comprar adaptadores ou cabos alternativos.
Cartões de memória são raros e nem sempre funcionam
Outro fator importante é o cartão de memória. As Cybershot não utilizam os cartões SD comuns hoje, mas sim o Memory Stick, um padrão proprietário da Sony que caiu em desuso. Encontrar unidades funcionais pode ser difícil e caro.
"Outra questão de compatibilidade é que muitas dessas câmeras usavam um cartão chamado Memory Stick, que é específico da Sony. É importante verificar se o cartão que acompanha a câmera tem boa capacidade de memória e está funcionando corretamente", alerta Pellanda.
O risco é adquirir uma câmera aparentemente em bom estado, mas sem um cartão funcional, o que inviabiliza o uso até que se encontre um substituto. Além disso, o armazenamento oferecido por muitos desses cartões é bastante limitado, o que exige transferências frequentes para o computador.
Fique atento à lente
Em muitos modelos da linha Cybershot, a lente Carl Zeiss representa uma vantagem considerável frente às versões mais simples.
"Uma terceira questão, mais relacionada à qualidade propriamente dita, é que algumas dessas câmeras vinham com uma lente um pouco melhor que as outras", afirma Pellanda. "Algumas dessas câmeras vinham com uma lente chamada Carl Zeiss, que é a lente alemã. Várias das gerações mais avançadas da Cybershot, as melhores, tinham essa lente, então vale ficar atento".
Essa diferença é mais importante do que os megapixels indicados na embalagem. "Acho que essa questão da lente, se tem a Carl Zeiss ou não, é o mais importante. O resto, sinceramente, não interessa tanto assim. A qualidade de megapixels é algo muito relativo. A lente faz muito mais diferença do que a quantidade de megapixels, por exemplo", finaliza o professor.
A febre nostálgica da Cybershot
A estética dos anos 2000 voltou com força total e as câmeras digitais, como a Sony Cybershot, tornaram-se objetos de desejo entre jovens da Geração Z. Impulsionada por celebridades, a tendência ganhou espaço rapidamente nos últimos anos. No TikTok, a hashtag #digitalcamera já ultrapassa 410,6 mil publicações.
Mais do que uma simples moda, o retorno das Cybershot reflete um movimento de desaceleração digital e também está ligado à busca por autenticidade nas redes sociais. Fotos tiradas com câmeras digitais antigas apresentam imperfeições, como granulação, cores lavadas e flash estourado, que contrastam com a "perfeição" das imagens capturadas por smartphones modernos.
Quem decide comprar uma câmera digital usada encontra desafios que não aparecem em produtos novos: são modelos antigos, fora de linha, e que dependem de acessórios específicos e, muitas vezes, difíceis de encontrar. A depender do modelo, pode haver problemas para transferir as fotos, carregar a câmera ou mesmo encontrar um cartão de memória compatível.
Veja o que deve ser analisado ao comprar um desses aparelhos:
Verifique a compatibilidade dos cabos
O primeiro ponto a observar antes de adquirir uma Cybershot usada é o tipo de cabo que acompanha o equipamento. Como os modelos mais populares datam de quase 20 anos atrás, muitos deles ainda utilizam entradas USB antigas, que não conversam bem com os padrões atuais.
"É importante conferir se a câmera vem com todas as partes necessárias para conectá-la a outros dispositivos, já que esses modelos geralmente não têm conexões sem fio e dependem de cabos - muitas vezes com entradas USB antigas", afirma Eduardo Pellanda, professor da PUC-RS.
Ele acrescenta que "normalmente, essas câmeras usavam uma variação do USB-A, que é aquele maior, e também um USB menor, que era uma variação dele, e que muitas vezes pode não ser compatível. Então, é importante dar uma olhada se o cabo que vem com a câmera é compatível". Para quem usa notebooks mais recentes, pode ser necessário comprar adaptadores ou cabos alternativos.
Cartões de memória são raros e nem sempre funcionam
Outro fator importante é o cartão de memória. As Cybershot não utilizam os cartões SD comuns hoje, mas sim o Memory Stick, um padrão proprietário da Sony que caiu em desuso. Encontrar unidades funcionais pode ser difícil e caro.
"Outra questão de compatibilidade é que muitas dessas câmeras usavam um cartão chamado Memory Stick, que é específico da Sony. É importante verificar se o cartão que acompanha a câmera tem boa capacidade de memória e está funcionando corretamente", alerta Pellanda.
O risco é adquirir uma câmera aparentemente em bom estado, mas sem um cartão funcional, o que inviabiliza o uso até que se encontre um substituto. Além disso, o armazenamento oferecido por muitos desses cartões é bastante limitado, o que exige transferências frequentes para o computador.
Fique atento à lente
Em muitos modelos da linha Cybershot, a lente Carl Zeiss representa uma vantagem considerável frente às versões mais simples.
"Uma terceira questão, mais relacionada à qualidade propriamente dita, é que algumas dessas câmeras vinham com uma lente um pouco melhor que as outras", afirma Pellanda. "Algumas dessas câmeras vinham com uma lente chamada Carl Zeiss, que é a lente alemã. Várias das gerações mais avançadas da Cybershot, as melhores, tinham essa lente, então vale ficar atento".
Essa diferença é mais importante do que os megapixels indicados na embalagem. "Acho que essa questão da lente, se tem a Carl Zeiss ou não, é o mais importante. O resto, sinceramente, não interessa tanto assim. A qualidade de megapixels é algo muito relativo. A lente faz muito mais diferença do que a quantidade de megapixels, por exemplo", finaliza o professor.
A febre nostálgica da Cybershot
A estética dos anos 2000 voltou com força total e as câmeras digitais, como a Sony Cybershot, tornaram-se objetos de desejo entre jovens da Geração Z. Impulsionada por celebridades, a tendência ganhou espaço rapidamente nos últimos anos. No TikTok, a hashtag #digitalcamera já ultrapassa 410,6 mil publicações.
Mais do que uma simples moda, o retorno das Cybershot reflete um movimento de desaceleração digital e também está ligado à busca por autenticidade nas redes sociais. Fotos tiradas com câmeras digitais antigas apresentam imperfeições, como granulação, cores lavadas e flash estourado, que contrastam com a "perfeição" das imagens capturadas por smartphones modernos.
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