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Garrafas reutilizadas são alvo de investigação por uso de metanol

A Polícia Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta preocupante sobre o uso de metanol por fábricas clandestinas no processo de higienização de garrafas reutilizadas, utilizadas na produção de bebidas alcoólicas falsificadas. A substância, altamente tóxica e de uso industrial, representa risco direto à saúde e pode causar cegueira, danos neurológicos e até a morte quando ingerida.

Segundo dados da Policia civil, o metanol estaria sendo empregado por grupos criminosos para “limpar” garrafas coletadas de forma irregular, muitas vezes em pontos de descarte comum ou recicladoras e reutilizadas para envasar bebidas falsas, com rótulos adulterados. Esse tipo de crime, além de enganar o consumidor, tem provocado intoxicações graves e mortes em diversas regiões do país, conforme registros recentes das autoridades.

A investigação aponta que o ciclo do crime começa no lixo: garrafas descartadas sem controle são coletadas por intermediários e revendidas para fábricas clandestinas, que fazem a limpeza com metanol e envasam bebidas com aparência original, mas sem qualquer controle sanitário. A bebida falsificada é então comercializada ilegalmente, inclusive em pequenos comércios.

O alerta reacende o debate sobre a falta de controle na cadeia de descarte de vasilhames e o risco que isso representa para a saúde pública. A fiscalização irregular e a ausência de políticas claras de destinação final desses materiais tornam o problema ainda mais grave.

Limeira

Em resposta à gravidade da situação, o vereador Helder do Táxi protocolou, nesta segunda-feira (6), o Requerimento Nº 641/2025, questionando a Prefeitura de Limeira sobre a existência de políticas públicas voltadas ao descarte e fiscalização de garrafas de bebidas alcoólicas.

No documento, o parlamentar pede esclarecimentos sobre locais adequados para descarte, como é feita a fiscalização nos estabelecimentos comerciais, quais medidas estão sendo adotadas para prevenir o desvio de vasilhames, e se já houve apreensões em fiscalizações anteriores. “Estamos falando de uma ameaça real à saúde da população. É preciso agir com urgência, com fiscalização efetiva e políticas de descarte seguro para impedir que o lixo reciclável seja transformado em instrumento de crime”, alertou Helder.

O requerimento agora aguarda resposta do Executivo. O vereador reforça que ações integradas entre os poderes públicos são urgentes para frear o avanço das fraudes com bebidas alcoólicas e proteger a população de riscos invisíveis, mas fatais.


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