
Limeira: maioria leva até meia hora para chegar ao trabalho, diz IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (9) os dados preliminares do Censo 2022 sobre o tempo que os brasileiros levam para chegar ao trabalho. De acordo com o levantamento, cerca de dois em cada três trabalhadores no país gastam até 30 minutos nesse trajeto. A Gazeta de Limeira analisou os números da região e constatou que os dados locais seguem a média nacional, mas com algumas particularidades entre os municípios.
Em Limeira, a maior parte da população ativa leva até 30 minutos para chegar ao trabalho. No entanto, há registros de deslocamentos que ultrapassam duas horas, embora representem menos de 4% dos casos. Esse tempo mais longo costuma estar relacionado a viagens intermunicipais ou à dificuldade de acesso ao transporte público.
Nas cidades de menor porte, como Cordeirópolis, Engenheiro Coelho e Iracemápolis, o deslocamento tende a ser mais curto. Em 44% dos casos, os trabalhadores levam entre 6 e 15 minutos para chegar ao serviço. Outros 32,5% completam o trajeto em até 30 minutos, reflexo da estrutura urbana mais compacta e da proximidade entre bairros residenciais e áreas comerciais.
Em Artur Nogueira, o cenário se aproxima ao de centros urbanos maiores. Cerca de 34% da população leva entre 15 e 30 minutos para se deslocar até o trabalho. Esse tempo maior pode estar relacionado ao crescimento populacional e ao aumento no número de veículos, fatores que impactam diretamente a mobilidade urbana.
O Censo também apontou os principais meios de transporte utilizados pelos trabalhadores. O carro lidera, sendo usado por mais da metade da população ocupada. Em seguida, 21% utilizam ônibus, 18% vão a pé e 16% usam motocicleta. Os dados evidenciam a importância de investir em transporte coletivo e infraestrutura viária para melhorar a mobilidade nas cidades.
Motorista há 18 anos na linha Limeira–Cordeirópolis, Carlos Roberto Coletta relata como o trânsito afeta diretamente seu dia a dia. “No começo dos anos 2000, levava de 15 a 18 minutos entre as duas cidades. Hoje, com mais carros nas ruas e menos linhas de ônibus, o trajeto passa de 40 minutos, dependendo do trânsito, afirma o trabalhador.
Com esses dados em mãos, os municípios da região têm a oportunidade de planejar políticas públicas mais eficazes, buscando melhorias no sistema de transporte e na qualidade de vida de quem depende diariamente de um deslocamento mais ágil e seguro.
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