Dia da Consciência Negra: Especialista em Kaizen explica como a filosofia ajuda organizações a rever práticas internas e avançar em igualdade racial
O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é um marco para refletir sobre a importância da igualdade racial no Brasil e para reforçar o combate ao racismo estrutural. A data, porém, também se tornou um convite para que empresas avaliem suas próprias práticas e assumam compromissos efetivos com diversidade e inclusão, especialmente na formação de lideranças. Um levantamento realizado em 2024 pela consultoria Indique uma Preta, especializada em Diversidade & Inclusão, reforça a urgência do tema em que apenas 8% dos profissionais negros ocupam cargos de liderança no país, e menos de 5% estão em posições de comando nas 500 maiores empresas brasileiras.
Para Junior Campos Prado, referência nacional do método Kaizen e fundador do Instituto Kaizen de Empreendedorismo e Autogestão, esses números mostram que ainda existe uma lacuna entre discurso e prática e que metodologias de melhoria contínua podem ajudar a transformá-la. “Quando a empresa entende que melhorar é um hábito diário, ela passa a olhar para seus números com mais honestidade e a construir caminhos mais justos”, explica Junior.
O método Kaizen, filosofia japonesa baseada em evoluções constantes, propõe análises frequentes, identificação de falhas e criação de soluções simples que possam ser incorporadas no cotidiano. No contexto da diversidade racial,isso significa revisar processos internos, desde recrutamento até planos de carreira, e criar mecanismos que garantam participação, desenvolvimento e equidade.
Segundo Junior, a prática contínua de pequenos ajustes reduz a distância entre campanhas pontuais e transformações reais. “Quando as equipes trabalham com melhoria contínua, inclusão deixa de ser um projeto e passa a ser comportamento. Cada pessoa se sente responsável por contribuir com um ambiente mais respeitoso e transparente”, destaca.
Ele lembra que lideranças formadas sob a ótica do Kaizen tendem a desenvolver escuta ativa, humildade para reconhecer erros e disciplina para implementar mudanças diárias, comportamentos essenciais para quem deseja construir equipes diversas e ambientes psicologicamente seguros. “O método mostra que grandes avanços começam com atitudes pequenas, repetidas todos os dias. É assim que a cultura muda e que a empresa evolui”, finaliza.
Sobre Junior Campos Prado
Engenheiro civil formado pela USP, campeão mundial de karatê e especialista em autogestão, Junior Campos Prado é fundador e presidente do Instituto Kaizen de Empreendedorismo e Autogestão. Inspirado na filosofia japonesa Kaizen, que significa “mudança para melhor”, desenvolveu um método que une propósito, disciplina e equilíbrio emocional para transformar líderes e empresas. Praticante de artes marciais desde os seis anos e multicampeão brasileiro, Junior conquistou, em 2025, o título mundial de karatê em Roma, aos 60 anos, consolidando sua trajetória de superação e constância. Também é autor do livro Kaizen para Grandes Conquistas (Buzz Editora, selo Unno) e referência em liderança consciente e alta performance sustentável.
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