
Orquestra Sinfônica de Limeira celebra trajetória no Dia Internacional da Música
Neste 1º de outubro, Dia Internacional da Música, a Gazeta de Limeira presta homenagem à arte que move corações e transforma vidas. E para celebrar a data, trazemos uma entrevista especial com Rodrigo Müller, músico instrumentista, arranjador, diretor musical e regente da Orquestra Sinfônica de Limeira que se prepara para celebrar, em novembro, seus 30 anos de fundação.
“A Orquestra Sinfônica de Limeira
faz parte da minha vida há mais da metade dela. Neste mês de outubro completo
50 anos de vida, sendo 30 deles dedicados à orquestra. É um grande orgulho e
uma grande alegria para mim”, afirma Rodrigo, emocionado.
O primeiro concerto da Orquestra ocorreu em 17 de novembro de 1995, marcando o início de uma jornada de excelência musical e compromisso com a cultura. Três décadas depois, o grupo se consolidou como um verdadeiro símbolo cultural de Limeira e referência na formação de músicos. “Sem dúvida, a Orquestra Sinfônica de Limeira é hoje o maior patrimônio cultural da cidade e da região. Milhares de alunos passaram pela Escola Livre de Música, que é intimamente ligada à orquestra, uma não vive sem a outra”, destaca Rodrigo.
A relação entre a escola e a orquestra é o que sustenta a longevidade e o crescimento do projeto. Em 2025, os números impressionam: são 61 músicos na orquestra e mais de 600 vagas na Escola Livre de Música, apenas no polo central. Além disso, três outros polos estão em funcionamento, ampliando o acesso ao ensino musical gratuito.
A Escola Livre de Música representa um dos pilares mais democráticos do projeto. Todos os cursos são gratuitos, e o aluno não precisa sequer possuir um instrumento: a própria escola fornece e cuida dos materiais. “Sempre digo que o aluno só precisa entrar com a vontade. A orquestra sinfônica é o estágio final da formação. Temos orgulho de formar músicos desde o início, oferecendo oportunidades reais para todos”, explica o maestro.
Além da formação musical, a Orquestra atua em diversas frentes, promovendo concertos didáticos, leva música a escolas e bairros da cidade, e explorando novas linguagens musicais.
Um dos marcos mais inovadores da Orquestra Sinfônica de Limeira foi a criação do projeto “Do Novo Mundo”, que completa 20 anos em 2025. A proposta reuniu, de forma pioneira, elementos da música erudita com o rock, quebrando barreiras e conquistando novos públicos. “Quando começamos, fomos duramente criticados por maestros e músicos de outras cidades. Mas hoje, essa fusão é uma tendência mundial. Fomos precursores ao colocar guitarra, baixo elétrico e bateria no palco junto com instrumentos sinfônicos”, conta Rodrigo.
Neste mês de outubro, a Orquestra apresentará um concerto comemorativo com luzes e projeções no palco, celebrando duas décadas desse projeto inovador que aproximou gerações e ampliou os horizontes da música orquestral em Limeira.
Para Rodrigo Müller, o Dia Internacional da Música é também um momento de reflexão sobre o papel dos músicos na sociedade. Apesar da importância cotidiana da música, ele ainda vê desafios na valorização profissional da área. “A música é uma profissão como qualquer outra, exige estudo, dedicação e excelência. Mas ainda há quem não a reconheça como uma carreira legítima. O curioso é que consumimos música o tempo todo, do momento em que acordamos até quando vamos dormir e às vezes até dormindo. E tudo isso foi criado por alguém. É fundamental que a sociedade valorize os músicos e a formação musical com o mesmo respeito que dá a qualquer outro ofício”, defende o maestro.
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